A Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou o arquipélago da Madeira como um ponto de alto risco para um surto de zika. Esta organização deixou ainda um aviso à Europa, afirmando que o vírus se pode espalhar nos próximos meses no continente, aproveitando as temperaturas mais quentes – porque é a altura em que os mosquitos estão mais ativos.

A principal forma de transmissão do vírus zika é pela picada do mosquito Aedes aegypti. A Madeira é a única região na Europa que tem o mosquito daí que se apresente como uma zona de risco. No entanto, desde o surto de dengue, em 2013, que o arquipélago tem investido no controlo do vetor de transmissão destas doenças tropicais. Na Europa, Aedes albopictus é o mosquito presente. Este mosquito pode transmitir dengue e chikungunya, mas ainda não existe provas de que possa transmitir o zika.

A organização indicou esta quarta-feira que há um risco baixo a moderado de um surto de zika na Europa, mas que a Madeira, a região Mediterrânica ou os países à volta do Mar Negro devem aumentar os níveis de prevenção da doença.

Apesar de assegurar que dois terços dos países têm rico quase nulo de transmissão do vírus, no resto da Europa o risco é moderado. “Pedimos aos países com maior risco para reforçarem as suas capacidades nacionais e darem prioridade à prevenção de um surto de zika”, disse Zsuzsanna Jakab, a diretora regional da Organização Mundial de Saúde na Europa, através de comunicado.

O zika está ligado a más formações nos fetos, como a microcefalia, e a outros problemas neurológicos em crianças e adultos. O Brasil tem o maior número de casos registados da doença, mas a OMS informou que o vírus se está a espalhar por todo o continente americano.

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