As remessas dos emigrantes caíram 13,5% no primeiro trimestre deste ano, para 680,7 milhões de euros, enquanto as verbas enviadas pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal subiram 1,8% para 126 milhões.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal no Boletim Estatístico, as verbas enviadas pelos portugueses a trabalhar no estrangeiro passaram de 787,7 milhões de euros, nos primeiros três meses de 2015, para 680,7 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 13,5%.

Em sentido contrário, as verbas enviadas para os seus países de origem pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal subiram 1,8%, passando de 123,6 milhões de euros nos primeiros três meses do ano passado para 125,9 milhões no primeiro trimestre deste ano.

Os emigrantes em França, como é tradicional, representaram a maior fatia das verbas enviadas para Portugal, representando 260,7 milhões do total de 680,7 milhões, seguidos, à distância, pelos portugueses na Suíça, que enviaram quase 80 milhões de euros nos primeiros três meses do ano.

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No que diz respeito aos países lusófonos, o panorama mostra um abrandamento quer no envio de remessas para Portugal quer na transmissão de verbas de Portugal para os países de origem dos imigrantes.

Nos primeiros três meses do ano passado, as verbas enviadas pelos portugueses nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) caíram 9,64%, passando de 58,42 milhões de janeiro a março de 2015 para 52,79 milhões no primeiro trimestre deste ano.

Em sentido contrário, os imigrantes em Portugal enviaram para os seus países africanos de origem 11,88 milhões de euros, o que representa uma queda de 4,27% face aos 12,41 milhões que tinham enviado no primeiro trimestre do ano passado.

O Banco de Portugal não disponibilizou ainda os dados para todos os países lusófonos no que diz respeito ao envio de remessas, mas é possível confirmar que Angola continua a representar a esmagadora maioria das transações feitas na lusofonia africana.

Assim, os trabalhadores portugueses no segundo maior produtor africano de petróleo foram responsáveis pelo envio de 50,2 dos 52,7 milhões enviados de todo o unverso lusófono africano.

Os portugueses em Angola enviaram 50,2 milhões de euros de janeiro a março deste ano, o que mostra uma quebra de 9,62% face aos 55,6 milhões enviados no primeiro trimestre do ano passado.

Em sentido contrário, os angolanos a trabalhar em Portugal enviaram 5 milhões de euros, o que representa uma descida de 2,9 milhões face aos 5,1 que tinham enviado no primeiro trimestre do ano passado.

Os brasileiros em Portugal enviaram 52 milhões de euros, o que equivale a uma quebra de 2,35% face aos 53,2 milhões que tinham enviado nso primeiros três meses do ano passado.