Os trabalhadores das administrações portuárias de norte a sul do país vão estar em greve de 2 a 6 de junho, semana que coincide com a paralisação dos estivadores de Lisboa, avança o Diário de Notícias. A greve de cinco dias deverá contribuir para que as exportações continuem a cair. Nos primeiros três meses do ano, a queda foi de 1,6%, ou seja, menos 282 milhões de euros que entraram no país.

Serafim Gomes, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias, explicou ao Diário de Notícias que esta “não é uma greve solidária com os estivadores, como aconteceu em 2012”. Nas exigências dos trabalhadores portuários constam o descongelamento de carreiras, a definição de estatuto e a intervenção do Governo na resolução do conflito laboral dos estivadores.

Para o dirigente do sindicato, “a situação no Porto de Lisboa é insustentável”. Trinta e dois dias depois, a greve dos estivadores – que se estendeu aos portos de Setúbal e da Figueira da Foz – já terá custado mais de 10 milhões de euros em perda de receitas. Este valor deverá atingir 17,4 milhões de euros, visto que a greve foi prolongada até 16 de junho.

O Diário de Notícias apurou que o Governo espera que seja possível evitar a paralisação, depois da reunião que a ministra Ana Paula Vitorino teve com o sindicato e que tinha por objetivo chegar a um acordo. Os estivadores de Lisboa tinham negociado um acordo e 2014, mas voltaram a entrar em greve a 20 de abril.

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