O ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, alertou para possíveis represálias do Estado Islâmico (EI) no Reino Unido e no resto da Europa à medida que o grupo extremista “vai perdendo terreno” no Iraque e na Síria.

Fallon, que esteve na Câmara dos Comuns para informar os deputados sobre as operações do exército britânico na região, referiu que o Reino Unido participou em 43 bombardeamentos contra o EI na Síria desde que o parlamento aprovou a campanha em dezembro passado e em 760 ataques aéreos no Iraque desde setembro de 2014.

“À medida que o Daesh (acrónimo árabe de Estado Islâmico) se sente cada vez mais pressionado no Iraque e na Síria, poderemos ver contragolpes como parte do plano externo do Daesh contra objetivos europeus ou britânicos”, disse Fallon.

O ministro afirmou que a contribuição do Reino Unido para a missão militar contra o EI é “maior que a de qualquer outra nação, com exceção dos Estados Unidos”.

A Força Aérea britânica tem concentrado esforços nos últimos meses no ataque aos campos petrolíferos do leste da Síria, que os ‘jihadistas’ utilizam para financiar as suas operações. O exército britânico também tem como objetivos as “infraestruturas de comunicações, comando e controlo” do EI.

“Os bombardeamentos da coligação destruíram petróleo do Daesh avaliado em 800 milhões de dólares (720 milhões de euros)”, disse Fallon, adiantando que cortar “a cabeça da serpente” em Raqqa e Mosul, bastiões do EI na Síria e no Iraque, respetivamente, exigiria um esforço militar muito grande por parte de “tropas locais no terreno”.

“O Daesh está a perder terreno, inclusive na Síria, e já foi expulso de Al-Shaddadi, uma importante rota de abastecimento entre Mosul e Raqqa”, sustentou Fallon.

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