O défice orçamental praticamente duplicou no mês de abril, passando de 823,9 para 1634 milhões de euros, mas só está 56 milhões de euros acima do que se verificava nos primeiros quatro meses do ano passado, uma diferença mais baixa que a verificada no mês passado. As contas, garante o Governo, cumprem as metas a que o Governo se propôs.

As contas estão piores que há um ano, mas a melhorar. O défice agravou-se para quase o dobro de março para abril, devido ao perfil da execução orçamental nesta altura do ano, mas quando se compara com os primeiros quatro meses do ano passado, há uma melhoria nas contas.

O défice estará 56 milhões de euros acima do que se verificava no ano passado, mas de janeiro a fevereiro a diferença era de quase o dobro, mais cerca de 110 milhões de euros. No primeiro terço do ano, o Estado terá consumido cerca de 29,7% do défice que tem previsto para o ano. Excluindo juros, o Estado terá conseguido um excedente orçamental de 1.118 milhões de euros, melhor em 261 milhões que o verificado nos primeiros quatro meses do ano passado.

Já quanto a despesa voltou a cresceu (0,7%), mas significativamente menos que o esperado no orçamento (5,7%), devido a um aumento dos juros pagos em 318 milhões, diz o Ministério das Finanças em comunicado. A despesa primária e a despesa corrente primária terão caído, 153 milhões e 56 milhões de euros respetivamente.

A receita do Estado terá crescido de forma residual (0,5%), mais uma vez impulsionada pelo crescimento da receita fiscal (3,5%). O Governo diz, no entanto, que os reembolsos fiscais estão a aumentar e já foram em abril superiores em 219 milhões de euros ao que haviam sido nos primeiros quatro meses do ano passado.

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