São os três D’s do CDS para descrever o Governo de António Costa. Depois de Pedro Passos Coelho, foi a vez de Assunção Cristas fazer o seu balanço dos primeiros seis meses de governação socialista. E resumiu-os em três palavras: “Desilusão, descrédito e desnorte”.

Primeiro, a “desilusão”. “Este Governo é uma desilusão para todos aqueles que acreditaram nas palavras do PS“, começou por dizer a líder democrata-cristã. A partir daí, Assunção Cristas apontou aquilo que diz serem as incongruências dos socialistas nos últimos seis meses.

A taxa de desemprego, que deveria diminuir, aumentou. A austeridade, que deveria acabar, continua a ser alimentada pelo aumento de impostos. A economia, que deveria crescer, não está a acompanhar as perspetivas do Governo socialista. O consumo interno, que deveria aumentar, “não está a ser suficiente” para responder à receita prevista por Mário Centeno. E as exportações, que deveriam disparar, estão em queda, acompanhadas pelo aumento das importações. “O Governo não cumpriu nada do que prometeu. Falhou em toda a linha“, atirou a líder do CDS.

Depois, o “descrédito”. Assunção Cristas considera que já ninguém acredita no caminho escolhido pelo Governo socialista. “Ninguém, [entre instituições nacionais e internacionais], acredita na realidade das nossas contas. As contas não batem certo com a realidade” e os “investidores não têm confiança para investir no nosso país”. “Para quem precisa de confiança, estabilidade e previsibilidade, este Governo é o Governo do descrédito“.

Por fim, o “desnorte”. Este Governo, diz Assunção Cristas, “ora satisfaz a agenda do PCP e do Bloco, ora corre para satisfazer os compromissos internacionais” e não tem uma linha clara sobre o que pretende para o futuro do país.

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