Fonte governamental confirmou à Lusa que está a decorrer uma reunião de negociações entre as várias partes, tendo a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, estado presente no início do encontro.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que hoje haveria “um grande esforço negocial” para tentar resolver a greve dos estivadores, mas avisou que há “limites para tudo” e que será encontrada uma solução, mesmo que não seja negociada, nem que seja aquela a que já foi necessário recorrer “para permitir a retirada do porto dos contentores que lá estavam retidos”.

Os operadores do Porto de Lisboa anunciaram na segunda-feira a intenção de avançar com um despedimento coletivo por redução da atividade, depois de ter sido recusada uma proposta de acordo de paz social e para a celebração de um novo contrato coletivo de trabalho para o trabalho portuário no porto de Lisboa.

As versões do sindicato, dos operadores e Governo não coincidem, sobretudo na questão da Porlis (empresa de trabalho portuário cuja extinção era uma das reivindicações dos sindicatos).

Na terça-feira, o presidente do sindicato dos estivadores, António Mariano classificou de “terrorismo psicológico” e “atentado ao Estado de direito” o anúncio desse despedimento coletivo, assim como a presença da PSP no Porto de Lisboa para acompanhar retirada de contentores retidos.

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Entretanto, na quarta-feira, no final de um plenário de trabalhadores, em Lisboa, António Mariano revelou que hoje se iniciaria uma nova fase na luta dos trabalhadores com a entrega formal de um novo pré-aviso da greve, a prolongar-se até ao dia 16 de junho.

A última fase de sucessivos períodos de greve, que se iniciou há três anos e meio, arrancou a 20 de abril com os estivadores do Porto de Lisboa em greve a todo o trabalho suplementar em qualquer navio ou terminal, isto é, recusam trabalhar além do turno, aos fins de semana e dias feriados.

A paralisação tem sido prolongada através de sucessivos pré-avisos devido à falta de entendimento entre estivadores e operadores portuários sobre o novo contrato coletivo de trabalho.