À saída de uma reunião com o Presidente da República na quinta-feira, o movimento Defesa da Escola Ponto afirmou que Marcelo Rebelo de Sousa está empenhado em encontrar um “ponto de equilíbrio” entre as posições do Governo e dos colégios privados sobre a revisão dos contratos de associação. Mais tarde, a Presidência fez saber que Marcelo não se revê nas palavras do movimento e que não se responsabiliza por elas.

Fonte oficial do Palácio de Belém afirma que, não só “o comunicado não foi sequer mencionado na audiência”, como é “da exclusiva responsabilidade do movimento e da interpretação que quis fazer das palavras do Presidente da República”.

Uma solução de equilíbrio é a que é noticiada esta sexta-feira pela Renascença. Segundo a rádio, o Governo está a estudar implementar os cortes aos contratos de associação apenas daqui a um ano, tornando o próximo ano letivo um período de transição. Ainda segundo a Renascença, a Presidência da República está diretamente envolvida no esforço para alcançar um consenso entre o Ministério da Educação e os colégios privados, que marcaram uma manifestação nacional para o próximo domingo.

Nesse protesto, que decorrerá em Lisboa (entre a Avenida 24 de Julho e a Assembleia da República), está já confirmada a presença de 19 mil pessoas, mas o movimento espera cerca de 25 mil. Entre os manifestantes estarão vários deputados e autarcas do PSD e do CDS, mas também do PS, que têm pressionado o Governo nos bastidores para que se chegue rapidamente a um consenso. É que para o ano há eleições autárquicas.

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