Os líderes dos países do G7 afirmaram esta sexta-feira que a eventual saída da Grã-Bretanha da União Europeia poderia ter consequências económicas desastrosas e representaria um “grave risco para o crescimento”.
“A saída da Grã-Bretanha da União Europeia iria inverter a tendência para o aumento do comércio e investimento global, e os empregos que estes geram, e representa um grave risco para o crescimento”, afirmaram na declaração emitida no final da cimeira no Japão.
Os britânicos vão decidir se a Grã-Bretanha permanece como membro da União Europeia num referendo, a realizar a 23 de junho.
O comunicado define o crescimento global como a prioridade para responder às ameaças à economia e à segurança globais e uma das ameaças identificadas pelos países mais ricos são as consequências económicas de um cenário de Brexit.
Embora esta posição não seja uma surpresa, alguns analistas destacam o impacto que esta declaração atribui a um eventual voto favorável a uma saída do Reino Unido ao nível da criação de emprego e do crescimento global, bem como do investimento e o comércio mundial.
O nervosismo não se sente apenas ao nível dos dirigentes mundiais, mas também dos investidores que temem o efeito que uma saída do Reino Unido na confiança europeia e os seus impactos na paisagem económica mundial.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, tem feito campanha pela manutenção na União Europeia depois de ter negociado um acordo com os restantes membros que garante uma posição especial ao país em relação a algumas políticas da UE.
