Mais de 1.900 pessoas foram esta sexta-feira resgatadas pela Guarda Costeira de Itália no mar Mediterrâneo quando navegavam à deriva junto da costa italiana.

A Guarda Costeira informou que estas pessoas, que tentavam alcançar as costas europeias, foram resgatadas em 16 operações de salvamento.

Ainda em curso, está outra operação de salvamento conduzida pela Marinha italiana que resgatou até ao momento 130 pessoas.

Esta última operação está a enfrentar algumas complicações, como explicaram elementos da guarda costeira italiana à agência noticiosa espanhola EFE, porque a embarcação já estava a afundar-se quando a Marinha conseguiu intervir.

“Ainda não se pode descartar a possibilidade de existirem vítimas mortais”, referiram as mesmas fontes.

Num comunicado, a Guarda Costeira italiana informou que as operações foram realizadas no Canal da Sicília, que separa a ilha italiana da Sicília e a costa de Tunes (Tunísia, norte de África), e foram coordenadas pelo Centro Nacional de Socorro da Guarda Costeira de Roma, unidade coordenada pelo Ministério dos Transportes italiano.

Estas operações de salvamento acontecem depois de navios europeus, sob a coordenação da Guarda Costeira italiana, terem socorrido na última semana mais de 10 mil pessoas.

Nos últimos dias ocorreram nesta zona dois naufrágios: no primeiro incidente morreram cinco pessoas e no segundo “pelo menos 15 pessoas”, segundo constatou no local a fragata espanhola “Rainha Sofia” que participou na operação de resgate dos sobreviventes.

Devido à sua posição geográfica, Itália recebe habitualmente um número significativo de migrantes e de refugiados procedentes de África, que encaram o país como uma porta para a Europa.

As boas condições meteorológicas, incluindo condições do mar favoráveis, registadas nos últimos dias têm levado a milhares de pessoas a procurar a rota do Mediterrâneo para tentar chegar ao continente europeu.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR