O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos considera que há “outra lógica” na governação do país, mas assegurou que o movimento não abdicará da autonomia, independentemente de quem estiver em maioria no executivo ou no parlamento.

“Nós continuamos a considerar que houve alterações de fundo [nas políticas do Governo da República], mas não tantas quantas desejaríamos”, afirmou o dirigente, na sessão de encerramento do XI Congresso da União dos Sindicatos da Região Autónoma da Madeira (USAM), que decorreu hoje na capital madeirense.

Arménio Carlos sublinhou que há “outra lógica” ao nível do executivo, baseada na “reposição de parte daquilo foi cortado”, nomeadamente salários, direitos e pensões, mas garantiu que a CGTP-IN vai manter a sua autonomia e independência.

“Este movimento sindical, independentemente de quem estiver no governo ou constituir a maioria na Assembleia da República, tem uma questão de princípio que não abdicou no passado, não abdica no presente e tenho a certeza que não abdicará no futuro: é a da sua autonomia e independência perante seja quem for que estiver em funções de maioria”, disse.

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No campo regional, Arménio Carlos focou a necessidade de o governo regional dar mais atenção aos trabalhadores e mais ouvidos às propostas no movimento sindical.

“Se este governo regional tiver o bom senso e a humildade de ouvir e aprender com aqueles que estão no terreno, a viver todos os dias os problemas e a transmitir aquilo que são as soluções, creio que podemos dar aqui saltos qualitativos para poder melhorar a vida dos cidadãos e dar uma imagem mais positiva da Madeira no plano interno e externo”, vincou.

O congresso da União dos Sindicatos da Madeira elegeu hoje o Conselho Regional, composto por 17 elementos, que no próximo mês vai nomear o secretariado, órgão responsável pela coordenação das atividades da estrutura. A USAM representa cerca de 90% dos sindicatos com delegação na região autónoma.