É o segundo executivo da Zurich a suicidar-se em poucos anos. O suíço Martin Senn, de 59 anos, suicidou-se na passada sexta-feira, 27 de maio, meses depois de ter deixado a empresa que, então, atravessava períodos difíceis. A notícia foi avançada num comunicado de imprensa divulgado pela seguradora e reproduzido na imprensa internacional.

A morte de Senn, que durante seis anos ocupou o cargo de presidente executivo da Zurich, acontece quase três anos depois de outro funcionário de topo, Pierre Wauthier, ter posto fim à vida. Wauthier foi encontrado morto na sua casa na Suíça, em agosto de 2013, e deixou para trás uma nota escrita onde culpava o ex-presidente da companhia, Josef Ackermann, de criar um ambiente de trabalho muito stressante, escreve o Wall Street Journal.

À data, Ackermann rejeitou qualquer culpa, mas demitiu-se, de maneira a evitar que a reputação da Zurich caísse em desgraça. Mais tarde, recorda a CNN, uma investigação levada a cabo pela Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro Suíço determinou que Wauthier não estava sob “pressão indevida”. A respetiva conclusão foi contestada pela viúva, que alegou que a empresa tentou injustamente evitar qualquer culpa pela morte do marido.

“É com grande choque e tristeza que vos informamos sobre a morte repentina de Martin Senn”, lê-se no comunicado da seguradora, emitido esta segunda-feira. “Com a morte de Martin não só perdemos um muito valioso ex-CEO e colega, mas também um amigo próximo. Os nossos pensamentos estão com a sua família e amigos em luto, a quem estendemos as nossas mais profundas condolências.”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR