A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirmou esta segunda-feira que na última semana “pelo menos 1.000” pessoas perderam a vida quando tentavam atravessar o mar Mediterrâneo e alcançar as costas europeias.

A agência da ONU chegou a este número depois de falar com os sobreviventes dos vários naufrágios registados nesta rota migratória na última semana.

“Conversámos com os sobreviventes e estamos a tentar contabilizar quantas pessoas estariam a bordo das embarcações que naufragaram, calculamos que foram registados pelo menos 1.000 mortos nesta última semana”, disse o porta-voz da OIM em Itália, Flavio Di Giacomo.

O mesmo representante assinalou que nos últimos dias foram resgatadas 13.000 pessoas quando se encontravam à deriva no mar Mediterrâneo e tentavam alcançar as costas europeias.

Nestes primeiros cinco meses de 2016, foram resgatadas nesta rota cerca de 47.200 pessoas, um número muito próximo das 47.400 pessoas que foram assistidas no período homólogo do ano passado.

A rota do Mediterrâneo tornou-se uma das principais vias da imigração ilegal para a União Europeia (UE), mas também um cenário de tragédias humanitárias.

Esta via migratória é composta por três rotas: Mediterrâneo central (utilizada pelos fluxos migratórios provenientes do norte de África com destino a Itália e Malta), Mediterrâneo oriental (utilizada por migrantes que vêm da Turquia e que passam pelos Estados-membros da UE Grécia, sul da Bulgária ou Chipre) e Mediterrâneo ocidental (mais de metade das passagens são registadas em Ceuta e Melilla, enclaves espanhóis em território marroquino).

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