O anúncio do vencedor do Prémio Camões 2016 é feito esta segunda-feira, em Lisboa, numa conferência de imprensa com o secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, e o júri desta 28.ª edição do concurso.

O júri é constituído pela professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Paula Mourão, pelo escritor português Pedro Mexia, pela escritora e professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Flora Sussekind, pelo escritor e professor da Universidade Federal de Minas Gerais Sérgio Alcides do Amaral, pelo reitor da Universidade Politécnica de Maputo, Lourenço do Rosário, e pela professora da Faculdade de Letras de Lisboa e da Universidade de Macau Inocência Mata, natural de S. Tomé e Príncipe.

O Prémio Camões foi instituído por Portugal e pelo Brasil, em 1988, e atribuído pela primeira vez em 1989, ao escritor Miguel Torga (1907-1995), autor, entre outras obras, de “Os bichos”, “Contos da montanha” e “Criação do mundo”.

Em 2015, o prémio foi atribuído à escritora portuguesa Hélia Correia e, em 2014, ao historiador e ensaísta brasileiro Alberto da Costa e Silva.

O moçambicano Mia Couto (2013), os brasileiros Dalton Trevisan (2012), Ferreira Gullar (2010) e João Ubaldo Ribeiro (2008), os portugueses Manuel António Pina (2011) e António Lobo Antunes (2007) e o cabo-verdiano Arménio Vieira (2009) são outros vencedores recentes.

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Dos 27 distinguidos, apenas o angolano Luandino Vieira, de 79 anos, autor de “Luuanda”, atualmente a viver no Alto Minho, em Portugal, recusou o prémio.

Portugal e Brasil, com onze autores cada, lideram a listas de distinções, tendo já sido também distinguidos um autor cabo-verdiano, Arménio Vieira, de 75 anos, em 2009, dois angolanos – Luandino, em 2006, e Pepetela, de 74 anos, em 2006 -, e dois moçambicanos, José Craveirinha (1922-2003), em 1991, e Mia Couto, de 61 anos, em 2013.

João Cabral de Melo Neto (1990), Vergílio Ferreira (1992), Jorge Amado (1994), José Saramago (1995) e Eduardo Lourenço (1996) foram outros galardoados com o Prémio Camões.

Rachel Queiroz (1993), Sophia de Mello Breyner Andresen (1999), Maria Velho da Costa (2002), Agustina Bessa-Luís (2004), Lygia Fagundes Telles (2005) e Hélia Correia são as seis mulheres distinguidas, até agora, com o Prémio Camões.

A atribuição do Prémio Camões “visa consagrar anualmente um autor de língua portuguesa que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum”, segundo o texto do “Protocolo Adicional ao Acordo Cultural entre o Governo da República Portuguesa e o Governo da República Federativa do Brasil”, que institui o galardão, assinado em Brasília, em junho de 1988, e publicado em Diário da República, a 30 de novembro do mesmo ano.