A NATO vai investigar o Serviço de Informações de Segurança (SIS) para esclarecer como foi possível Frederico Carvalhão Gil, o espião português detido na semana passada, ter acesso e levar documentos secretos para o exterior, avança o Diário de Notícias. O espião português foi detido em Roma, no sábado, por suspeitas de estar a vender segredos a um funcionário dos serviços de informações da Rússia

A investigação da NATO visa também apurar se houve cúmplices e ajudas internas no SIS. O mesmo artigo informa que o Nato Security Office, uma importante estrutura da Aliança Atlântica sediada na Bélgica, tem mantido contacto com o Gabinete Nacional de Segurança, o organismo português que trata e protege os documentos secretos internacionais. Uma visita à sede das secretas, na Ameixoeira, estará também nos planos da NATO.

Segundo o Observador apurou após a detenção de Frederico Carvalhão Gil, o espião português não foi apanhado em flagrante, mas terá viajado até Itália exatamente com a intenção de vender informações, chegando a receber dinheiro proveniente dos serviços secretos russos. O funcionário russo na equação também acabaria detido.

O DN soube junto de fontes próximas do caso que os documentos desviados, que terão chegado às mãos de Vladimir Putin, o presidente da Rússia, estão rotulados como “secretos” e “muito secretos”. Ou seja, este caso “pode resultar em dados excecionalmente graves para a NATO”.

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