A chanceler alemã, Angela Merkel, é este ano novamente considerada a mulher mais poderosa do mundo pela revista norte-americana Forbes, embora Hillary Clinton ameace arrebatar-lhe o título em 2017, se ganhar as eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Merkel lidera há seis anos a lista das 200 mulheres com mais poder em todo o mundo, e a Forbes destaca esta segunda-feira, entre outros aspetos, a sua decisão de abrir as fronteiras da Alemanha a mais de um milhão de imigrantes sírios e de outros países.

“O seu mais recente ato foi o mais corajoso: exercer o seu poder com a estratégia geopolítica mais curiosa, o humanismo absoluto (…) O próximo encontro marcado com as urnas é no outono de 2017 e as sondagens mostram um eleitorado cansado”, alerta a revista.

Segundo a Forbes, a chanceler alemã “conduziu o seu país através de uma recessão, com estímulos e subsídios às empresas e agora a Alemanha tem um ‘superavit’ orçamental de 12.100 milhões de euros e a nota máxima AAA das agências de notação”.

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No segundo lugar, repete-se também este ano Hillary Clinton, e a revista adianta já que, se a pré-candidata democrata vencer as eleições presidenciais de novembro no seu país, terá todas as condições para liderar a lista do próximo ano.

Completa o pódio a presidente da Reserva Federal (Fed), Janet Yellen, que sobe um lugar em relação ao ano passado entre as mulheres mais poderosas do mundo e que a revista define como a pessoa “mais influente” nos mercados mundiais.

A lista da Forbes prossegue este ano com a filantropa Melinda Gates em quarto lugar, a conselheira delegada da General Motors, Mary Barra, em quinto e a diretora executiva do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, na sexta posição.

Completam os dez primeiros postos quatro grandes empresárias: Sheryl Sandberg, do Facebook, em sétimo; Susan Wojcicki, do YouTube, em oitavo; Meg Whitman, da HP, em nono; e Ana Patrícia Botín, do grupo Santander, em décimo.

A lista inclui este ano 20 mulheres que aparecem pela primeira vez, no lugar de outras 20 entre cujas ausências a Forbes destaca os casos da Presidente suspensa do Brasil, Dilma Rousseff, e a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

A revista também justifica a desaparição na edição deste ano da categoria de “celebridades”, como a atriz de Hollywood Angelina Jolie ou a estrela musical Taylor Swift, depois de redefinir o significado de “mulher poderosa”.

A Forbes resolveu igualmente o seu debate entre controlo e influência recordando umas palavras de Ameenah Gurib-Fakim, a primeira mulher Presidente da Mauritânia: “O poder é a capacidade de ser influente. Se se é influente a longo prazo, deixando um legado, esse é o verdadeiro poder”.

Por fim, recorda que no último ano seis mulheres alcançaram ou foram reeleitas para o mais alto cargo das respetivas nações em Taiwan, Birmânia, Nepal, Croácia, Mauritânia e Lituânia, e insiste em que outra mulher poderá juntar-se-lhes como a primeira Presidente dos Estados Unidos.

As 200 mulheres mais poderosas do mundo controlam receitas que a revista calcula em quase mil milhões de dólares, e mais de um quarto delas (51) é dos Estados Unidos, muito à frente da China, o segundo país mais representado, com nove.