O Tesouro português colocou nos mercados mil milhões de euros em dívida de longo prazo, repartindo a emissão por duas linhas de obrigações (a 5 anos e a cerca de 9). No dia em que os investidores pedem uma taxa de 0,03% para emprestar à Alemanha a 10 anos, o Tesouro português paga 2,86% para emitir dívida pública com um prazo semelhante, o que a Bloomberg compara com os 2,43% pagos em novembro por dívida com prazo semelhante.

O leilão de dívida pública contou com forte procura por parte dos investidores, num dia em que os investidores pedem uma taxa de 0,03% para emprestar à Alemanha a 10 anos. Em prazos menores do que esse, toda a dívida alemã está com taxas negativas.

O prémio de risco pago pela dívida portuguesa é algo “que atrai sempre investidores que, querendo ter alguns ganhos, optam por assumir mais risco e apostam na dívida portuguesa”, diz Filipe Silva, diretor de gestão de ativos do Banco Carregosa. Segundo dados do IGCP, a procura mais que duplicou os montantes colocados.

A dívida a cinco anos – 600 milhões – foi colocada com uma taxa de 1,84%, sensivelmente a mesma que no último leilão comparável, ao passo que a dívida com vencimento em outubro de 2025 – 400 milhões – a taxa ascendeu a 2,86%. Em novembro, o Estado português tinha suportado uma taxa a rondar os 2,43% num prazo semelhante.

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