Há duas histórias em “Stranger Things”. Comecemos pela principal: era uma vez um miúdo, como todos os outros miúdos, que vivia numa pequena cidade do estado americano de Indiana. Estava tudo bem — tudo normal, pelo menos — até ao dia em que esse mesmo miúdo desaparece. Do nada, sem aviso, sem pistas, sem razão, sem se perceber. De-sa-pa-re-ce, sílabas bem separadas porque é assim que se faz nas coisas do sobrenatural. E que ninguém se engane: é de sobrenatural que aqui se fala, basta ver o primeiro trailer da nova série da Netflix, com estreia marcada para 15 de julho:

https://www.youtube.com/watch?v=1QErYqSbcXc&feature=youtu.be

E depois a segunda história: era uma vez Winona Ryder, atriz maior que todas as outras durante a década de 90 — sobretudo se o tema envolvia a pós adolescência, a inocência ou o seu contrário, algum sangue e até espíritos. Além disso, Winona era também a mulher cuja vida privada se transformou em coisa pública, entre o relacionamento com Johnny Depp e aquele roubo de roupa cara e acessórios da mesma categoria, que lhe valeu uma passagem pela prisão.

Na verdade, o que interessa agora é que Winona Ryder aposta cada vez mais na televisão, aquela de qualidade, que intriga e cria seguidores. Primeiro foi com uma passagem tímida pela extraordinário “Show me a Hero”, da HBO. Agora é com esta “Stranger Things”, que, a julgar apenas pelas primeiras imagens, parece ter tudo para assustar/convencer/ganhar (riscar o que não interessa ou deixar ficar as três palavras, qualquer das hipóteses é válida). Pode não acontecer, claro, mas por enquanto é acreditar.

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Finn Wolfhard é o ator que interpreta o jovem Mike, de 12 anos, o tal garoto que ninguém sabe onde está. Winona Ryder é Joyce, a mãe que o procura desesperadamente. Pelo meio deste aparente caso de criança desaparecida há fenómenos paranormais e experiências secretas — além de uma rapariga com umas capacidades pouco habituais.

“Stranger Things” foi escrita por Rose e Matt Duffer, os mesmos que assinaram “Wayward Pines” e “Hidden”.