O Ministério Público admite investigar os créditos em risco na Caixa Geral de Depósitos (CGD), caso os elementos de que venha a tomar conhecimento assim o justifiquem. A informação foi avançada pelo Económico e foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República, ao Observador.

O Ministério Público não deixará de analisar todos os elementos que vierem ao seu conhecimento, tendo em vista apurar se se verifica necessidade de intervenção no âmbito das suas competências”, confirmou fonte oficial da PGR.

Em causa estão 2,3 mil milhões de euros em crédito concedido pela CGD, que corre o risco de não ser pago, segundo uma auditoria de junho de 2015, revelada esta terça-feira pelo Correio da Manhã. A posição da PGR surge depois de o Ministério das Finanças ser frisado que se houve créditos concedidos pelo banco público em 2012, antes da recapitalização feita na altura, que não foram sujeitos à devida avaliação, o caso deveria ter sido reportado e sujeito “às diligências entendidas por convenientes”, nomeadamente ao apuramento de “responsabilidade civil e criminal”.

O Governo de António Costa está em negociações com a Comissão Europeia para aprovar um aumento de capital público na CGD que não colida com as regras comunitárias da concorrência. Segundo o primeiro-ministro, o acordo estará quase finalizado. O tema deverá marcar o debate quinzenal, agendado para esta quarta-feira, já que todos os partidos — esquerda incluída — querem mais esclarecimentos.

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