A Polícia Civil divulgou, esta sexta-feira, o resultado do inquérito ao caso de violação coletiva de uma adolescente de 16 anos a 22 de maio numa favela do Rio de Janeiro e indiciou sete pessoas.

Três homens, incluindo um menor – que será encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude e que responderá por ato de infração análogo aos crimes – foram acusados de violação e de divulgação de imagens, outros dois por violação e os dois restantes por divulgação de imagens.

“A polícia trabalha com prova técnica. Foram sete indiciados neste crime. Por uma perturbação ou trauma pode ter ficado uma falsa memória. Se houver mais, estou apurando peças para eventuais participantes”, disse a delegada Cristiana Bento, citada pelo portal de Internet G1.

A responsável adiantou que imagens e arquivos encontrados no telemóvel de um dos indiciados, uma das principais fontes da investigação, serão enviados à Delegacia de Combate às Drogas “para investigar possível envolvimento com o tráfico de drogas da região”.

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Segundo a delegada, foram investigados mais de dois mil perfis nas redes sociais Facebook e Twitter.

“É um crime que chocou o Brasil e vai fazer história no país, até pela forma hedionda como ele foi praticado (…) Esperamos que a pena seja exemplar para que isso não volte a existir”, acrescentou.

Cristiana Bento afirmou que a pena de violação de vulnerável é de 15 anos, a produção do material é de oito anos e a transmissão é de seis anos.

Segundo declarações da jovem, ela foi violada por 33 homens armados, que depois publicaram nas redes sociais vídeos e fotos do ato.

O crime levou o país, onde uma mulher é violada a cada onze minutos, a debater a “cultura da violação”.