O festival Super Bock Super Rock, em julho, em Lisboa, terá o recinto estendido até à beira do Tejo, mas a capacidade mantém-se nos 20.000 espetadores. Os bilhetes para o dia 16 estão quase esgotados.

O 22.º Super Bock Super Rock (SBSR) decorrerá de 14 a 16 de julho e este último dia – com atuações de Kendrick Lamar, De La Soul, Orelha Negra e GNR – está a 1.500 bilhetes de esgotar, como afirmou esta segunda-feira o promotor Luís Montez, numa conferência de imprensa no Parque das Nações.

“Temos o cuidado de fazer um festival coerente, para quem gosta de música. Aqui vai-se mesmo pela música, não é certamente pelo campismo, não é pelo passeio, é pela música”, afirmou o promotor à agência Lusa.

Pelo segundo ano, o festival de música acontece naquela zona da cidade – renovada nos anos 1990 por causa da Expo’98 -, com os concertos a repartirem-se por quatro espaços: o MEO Arena e a sala adjacente, um palco debaixo da pala do Pavilhão de Portugal e um outro junto às escadas do antigo Pavilhão Atlântico.

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A lotação do festival volta a ser fixada nos 20.000 espectadores – a capacidade do MEO Arena -, porque “isto é um festival para fanáticos da música (…), com um cartaz coerente, com um custo suportável pelo público”, disse.

Aos jornalistas, Jwana Godinho, responsável pelo delinear do cartaz, afirmou que esta é uma edição “que vai ao encontro das expectativas do público”, com uma grande aposta na música portuguesa e com vários regressos a Portugal de artistas que estão num momento importante de carreira ou têm já uma ligação antiga com Portugal. O Super Bock Super Rock é um festival que tem o rock no nome mas que continua atento aos outros géneros musicais, como a eletrónica e o hip hop. “A atitude rock” é o que mais interessa, sublinhou.

Kendrick Lamar, descrito como uma “superestrela do rap”, pela revista Rolling Stone, Iggy Pop, um dos pioneiros do punk rock, e os The National, que têm uma longa relação afetiva com o público português, foram três dos nomes citados por Jwana Godinho. E claro, as bandas e artistas portugueses, novos e consagrados – os GNR vão estar em palco para celebrar os 30 anos do álbum Psicopátria.

O Observador falou com Luís Clara Gomes (Moullinex), que vai tocar duas vezes nesta edição do festival, uma em nome próprio (dia 15) e outra na “Purple Experience”, um espetáculo homenagem a Prince (dia 16). O convite foi feito pela Antena 3. Moullinex contou-nos que o peso da responsabilidade o levou a hesitar, mas as colaborações que conseguiu reunir fizeram com que o desafio fosse aceite. Em palco estarão, entre outros, Da Chick, Samuel Úria, Best Youth, Thunder & Co., Marta Ren e Selma Uamusse.

parque das nações

Pontão das Tágides, ao fundo na imagem – visto do Pavilhão de Portugal

Os ajustes feitos ao recinto notar-se-ão na orientação da entrada do festival e no alargamento para o Pontão das Tágides, uma língua de passeio junto ao rio e debaixo da linha do teleférico, para acolher a zona de restauração, libertando assim a circulação do público entre palcos.

A Super Bock vai trazer para o festival o conceito de copo reutilizável, com objetivo de reduzir o desperdício. O consumidor pagará uma caução por cada copo, que pode trocar no final do dia ou levar para casa, já que cada um dos três dias vai ter um copo diferente (com as referências das bandas de cada dia).

Luís Montez referiu que as obras que estão a ser feitas ao nível da acústica do MEO Arena estarão concluídas a tempo do festival. Ao Observador, explicou que estes melhoramentos passam pela colocação de painéis acústicos que ajudam a controlar o efeito de eco, nomeadamente quando a sala se encontra vazia. Este sempre foi um dos principais desafios para os técnicos de som e estes novos painéis, colocados nas bancadas para simular a presença de público, vão permitir uma afinação sonora mais precisa.

A organização recomenda o uso de transportes públicos, nomeadamente metro e comboio, no acesso ao festival. Toda a programação e informações de acesso e bilhetes está disponível em superbocksuperrock.pt