Os novos administradores do Conselho de Administração do Banco de Portugal, Elisa Ferreira e Máximo dos Santos, são esta segunda-feira apresentados publicamente, numa cerimónia no Ministério das Finanças.

A nomeação da eurodeputada socialista e do presidente do Banco Espírito Santo (BES) para o cargo na instituição reguladora foi confirmada pelo Governo, na reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira.

Em abril, foi divulgado que Elisa Ferreira tinha sido escolhida para assumir funções no Conselho de Administração do Banco de Portugal, juntando-se, assim, à equipa liderada pelo governador Carlos Costa.

O processo de nomeação implicou a sua ida à Assembleia da República para responder às perguntas dos deputados, o que aconteceu a 17 de maio na Comissão de Orçamento e Finanças, tendo sido posteriormente aprovado o relatório dessa audição não vinculativa.

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Nas conclusões, é considerado que a socialista “cumpre cabalmente os requisitos legais exigidos” para ser administradora do regulador e supervisor bancário.

Além de Elisa Ferreira, vai também integrar a administração do Banco de Portugal Luís Máximo dos Santos, atual presidente do ‘banco mau’ do BES, que ficou com os ativos considerados ‘tóxicos’ do ex-Banco Espírito Santo.

O relatório da audição parlamentar de Máximo dos Santos, elaborado pela deputada socialista Hortense Martins, foi aprovado por unanimidade.

Segundo o processo de seleção para o Conselho de Administração do Banco de Portugal, alterado o ano passado, cabe ao governador formalizar uma proposta ao Governo com os nomes dos vice-governadores e restantes administradores, que têm de passar por uma audição na Assembleia da República, que não é vinculativa e da qual são feitos relatórios descritivos.

Elisa Ferreira é professora da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, foi ministra do Ambiente e do Planeamento entre 1995 e 2002 e é desde 2004 eurodeputada, onde tem trabalhado nos últimos anos na União Bancária e no mecanismo de resolução bancária.

Luís Máximo dos Santos é advogado, tendo trabalhado como jurista em várias funções do Estado, nomeadamente no Banco de Portugal. Além de presidir ao ‘banco mau’ BES, é, desde 2010, presidente da Comissão Liquidatária do Banco Privado Português (BPP).