O Presidente da República voltou, esta terça-feira, a dar a saúde como exemplo de uma área onde existe um “consenso”. Marcelo Rebelo de Sousa falava na sessão de encerramento da conferência “Os hospitais. Reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, no auditório da Faculdade de Medicina Dentária, da Universidade de Lisboa, e confessou que “tinha apelado”, há uns meses, ao ministro da saúde para, “no quadro da procura de um consenso, promover ou apoiar iniciativas como esta”, aplaudindo a iniciativa do Ministério da Saúde.

“A saúde é um exemplo de consenso não expresso em termos políticos ou documentais, mas assumido na sociedade portuguesa. É indiscutível o reconhecimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), independentemente das críticas, dos reparos, dos constrangimentos financeiros”, referiu o chefe de Estado, acrescentando que esse consenso é interprofissional, “envolvendo todos os profissionais que lidam com a saúde, independentemente das queixas que tenham, que são muitas”, e político, embora “não seja apetecível estar a falar em consensos porque a ideia, neste tempo, é acentuar as divergências”.

Marcelo Rebelo de Sousa frisou ainda que “é o consenso interprofissional que tem permitido funcionar o SNS”.

Sobre a reforma hospitalar, o Presidente da República lançou questões como: “como fazer pedagogia junto dos autarcas para perceberem a reformulação? E junto das populações?” Deixou ainda uma recomendação: “Não é possível haver mudanças substanciais no quadro da saúde de Governo para Governo, é uma ilogicidade política e é uma irracionalidade financeiro-social”.

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