A Justiça britânica suspendeu esta quinta-feira, numa decisão provisória por 180 dias, ações e execuções contra a operadora brasileira de telecomunicações Oi, que na segunda-feira entrou com um pedido de recuperação judicial, segundo o jornal Globo.

Na quarta-feira, a empresa deu conta de que o mesmo tinha ocorrido nos Estados Unidos.

Antes, mas no mesmo dia, no Brasil, também um juiz do Rio de Janeiro já tinha suspendido por 180 dias ações e execuções contra a empresa.

A Oi fica assim protegida contra pedidos de penhoras de bens e execuções de multas até que o juiz responsável pelo caso decida se vai aceitar ou não o pedido de recuperação judicial.

De acordo com o diário brasileiro, que cita fontes ligadas ao processo, o pedido foi protocolado também em Inglaterra porque alguns títulos emitidos pela empresa regem-se pela lei inglesa, logo, os donos desses papéis poderiam recorrer à justiça britânica contra a Oi.

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A operadora de telecomunicações pediu proteção contra a falência depois de não ter conseguido chegar a um acordo com os seus credores, na sequência de várias fusões e mudanças de gestão.

A Pharol, antiga PT SGPS, detém 27,5% da operadora da Oi e ficou com a dívida da Rioforte, ‘holding’ do grupo Espírito Santo, que deixou um ‘buraco’ de 847 milhões de euros na PT Portugal, operadora que foi comprada em 2015 pelo grupo francês Altice, que deixou de fora da aquisição aquela dívida.

A operadora é a maior empresa de telecomunicações fixas do Brasil e a quarta em rede móvel, contando com cerca de 70 milhões de clientes.