O comissário britânico na Comissão Europeia, Jonathan Hill, apresentou a sua demissão depois do referendo que deu a vitória à saída da União Europeia. Hill, que tem os pelouros da estabilidade financeira, serviços financeiros e do mercado de capitais, explicou a sua decisão num depoimento na página da Comissão Europeia.

“Como muitas pessoas aqui e no Reino Unido, estou obviamente muito desapontado com o resultado do referendo. Gostava que tivesse tido outro desfecho e esperava que o Reino Unido quisesse ficar para desempenhar um papel na discussão de uma Europa virada para o futuro, competitiva, flexível e de comércio livre. Mas o povo britânico tomou uma decisão diferente e é assim que funciona a democracia”, disse o comissário.

Jonathan Hill afirmou que foi para Bruxelas apesar de ser “cético em relação à Europa”, mas que se convenceu que “apesar da frustração a pertença do Reino Unido era boa para o papel (do Reino Unido) no mundo e boa para a economia (britânica)”. “Mas o que está feito está feito e agora temos que avançar para o novo relacionamento com a Europa e trabalhar tão bem quanto possível”, referiu.

O comissário – antigo membro da Câmara dos Lordes nomeado pelo primeiro-ministro britânico cessante, David Cameron, para membro da Comissão Europeia de Juncker em 2014 – já comunicou a sua demissão a Juncker, mas explica que vai continuar a trabalhar nas próximas semanas para uma transição ordeira. “Ao passarmos para uma nova fase, acho que não é correto continuar a desempenhar funções como comissário britânico como se nada tivesse acontecido.”

O sucessor já está definido: o comissário europeu Valdis Dombrovskis, responsável pelas pastas do Euro e Diálogo Social.

Segundo a presidência da Comissão Europeia, citada pela agência France Presse, “o presidente Juncker está disponível para discutir de imediato com o primeiro-ministro britânico nomes potenciais para um comissário de nacionalidade britânica, assim como a atribuição de um possível portfolio”.

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