A Presidente do Brasil com mandato suspenso, Dilma Rousseff, informou na noite de sexta-feira que vai ser testemunha de defesa de Marcelo Odebrecht, empresário investigado nos crimes de corrupção da Petrobras.

Marcelo Odebrecht, herdeiro da maior construtora brasileira, é um dos réus num processo relacionado com alegados pagamentos de subornos na Odebrecht, que supostamente dava dinheiro a políticos em troca de vantagens em concursos públicos.

Dilma Rousseff havia sido convocada como testemunha da defesa e decidiu que prestará depoimento, mas por escrito.

O juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato na primeira instância, definirá um prazo de cinco dias para que os advogados de Marcelo Odebrecht formulem as perguntas que serão enviadas à Presidente afastada.

A Operação Lava Jato investiga a corrupção e o desvio de fundos de várias empresas, incluindo a petrolífera Petrobras.

Marcelo Odebrecht já foi condenado a mais de 19 anos pelo juiz Sérgio Moro noutro processo sobre os esquemas de corrupção na Petrobras, tendo recorrido da sentença.

O empresário também negoceia uma delação premiada (colaboração com a investigação em troca da redução da pena) com o Ministério Público, mas o acordo ainda não foi fechado.

Além de Dilma Rousseff, os advogados também pediram a convocação dos ex-ministros Edinho Silva, Guido Mantega e António Pallocci.