As autoridades do Brasil garantiram na sexta-feira “a excelência” do Laboratório Brasileiro de Controlo de Dopagem do Rio de Janeiro, a quem a Agência Mundial Antidopagem (AMA) retirou a acreditação, que confiam recuperar em julho, após uma inspeção.

“O Laboratório Brasileiro de Controlo de Dopagem (LBCD) reforça sua excelência, bem como sua capacidade técnica e ética para a realização das análises. O laboratório prevê que suas operações poderão voltar ao normal em julho, após a visita técnica do comité da AMA”, lê-se num comunicado do laboratório.

O texto sublinha que “profissionais, instalações e equipamentos do LBCD representam o que há de mais moderno no mundo em controlo de dopagem” e que “nos últimos doze meses, o LBCD foi aprovado nas auditorias realizadas ‘in loco’ pela AMA e correspondeu com êxito às análises de todas as amostras com testes-cegos realizadas pela agência”.

“Esse padrão de excelência está mantido e poderá ser conferido na próxima inspeção da AMA”, acrescenta a mesma nota.

A Agência Mundial Antidopagem (AMA) anunciou na sexta-feira ter retirado a acreditação ao LBCD no Rio de Janeiro, a pouco mais de um mês do início dos Jogos Olímpicos.

De acordo com a AMA, a suspensão, que começou a ser cumprida a 22 de junho, quando o laboratório foi notificado que não estava em conformidade com as regras do organismo, impede o LBCD de realizar todos os controlos de urina e sangue.

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O laboratório do Rio de Janeiro pode recorrer da decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) até 21 dias depois da decisão.

“Entretanto, a AMA vai trabalhar de perto com o laboratório do Rio para resolver o problema identificado. A Agência vai garantir que, para já, todas as amostras que seriam enviadas para o laboratório serão transportadas de forma segura, rápida” para outro laboratório acreditado”, disse o diretor geral da AMA, Olivier Niggli.

O responsável garantiu ainda que os “atletas podem ter confiança que a suspensão só será levantada pela AMA quando o laboratório estiver a trabalhar de forma ótima”, assegurando que “a melhor solução vai ser encontrada para que a análise das amostras dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio seja robusta”.