Ainda como unidade de pré-série, o Q2 passou ontem por Lisboa e deu para ver que este modelo é bastante promissor e vai, certamente, agitar o mercado. Destinado a um subsegmento para o qual a Audi acredita não existir ainda rivais, pelo menos de marcas “premium”, o Q2 não é apenas a mais recente proposta crossover do fabricante de Ingolstadt. Assume também a responsabilidade de passar a ser o modelo de entrada na estatutária família Q.

O pequeno crossover da Audi tem por base a mesma plataforma MQB para motores transversais utilizada, por exemplo, no modelo que lhe serve de base, o A3, com o qual partilha grande parte das soluções técnicas, como é o caso da suspensão. De série, esta está mais vocacionada para o conforto mas, tal como acontece com o hatchback, é possível optar por uma variante com menos 10 cm de distância ao solo e de concepção mais firme e desportiva – a S-Line. Ou, em alternativa, por uma suspensão com controlo electrónico do amortecimento, idêntica à já disponibilizada no A3 e em vários outros modelos da Audi.

Audi Q2

Com um design mais jovial, o Q2 procurará cativar uma clientela mais nova, interessada num SUV mais compacto que o Q3

Com vários pormenores que o distinguem dos “irmãos”, nomeadamente a grelha frontal mais angulada e a linha de cintura dupla que marca grande parte do perfil, o Q2 exibe uma estética que cativa, conseguindo “dar ares de família” e, ao mesmo tempo, refrescar o visual da gama de SUV da marca dos quatro anéis.

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Cerca de 20 cm menos comprido (4,20 m) que o Q3, embora mantendo praticamente a mesma distância entre eixos (2,60 m), o crossover oferece uma habitabilidade pouco inferior ao Q3 e quase idêntica à do A3, senão melhor – sobretudo em altura –, sendo capaz de acomodar com conforto quatro pessoas. Os ocupantes dos assentos posteriores usufruem de um bom espaço, enquanto para o condutor está reservada uma óptima posição de condução, conforme pudemos constatar neste primeiro contacto (estático) com o modelo. Menos espaço do que o A3 só mesmo na bagageira, mercê de uma capacidade de 405 litros. Ou seja, menos 55 litros que no hatchback.

Em termos de equipamento, a oferta do Q2 está alinhada com o que acontece com os irmãos maiores, ou seja, à versão base é possível acrescentar uma de duas linhas de equipamento (Design ou Sport), além de um “pack” S-Line e de um sem-número de opcionais.

Audi Q2

O ecrã do sistema de infoentretenimento sobressai na consola central

As motorizações no mercado nacional passarão por três blocos a diesel e três a gasolina, sendo que, no primeiro caso, as opções serão o 1.6 TDI de 116 cv, o 2.0 TDI de 150 cv e o 2.0 TDI de 190. No caso dos motores a gasolina, que os responsáveis nacionais da Audi acreditam vir a ter pouca expressão, completam a oferta o 1.0 TFSI de 116 cv – que não estará disponível na primeira fase de comercialização do veículo em Portugal –, o 1.4 TFSI de 150 cv e o 2.0 TFSI de 190 cv. As motorizações de entrada, a gasolina e a diesel, são equipadas exclusivamente com caixa manual de seis velocidades, ao passo que os motores mais potentes estão associados, de série, a caixas automáticas de dupla embraiagem S Tronic, acrescidas de tracção integral quattro. Os blocos intermédios também vão poder desfrutar deste pacote, mas como opcional.

Audi Q2

O 1.6 TDI de 116 cv será proposto por cerca de 30 mil euros

Com chegada ao mercado nacional prevista para finais de Outubro, por definir estão ainda aspectos como a composição das diversas versões e linhas de equipamento, lista de opcionais ou até mesmo preços. No entanto, os responsáveis da marca assumem desde já que gostariam de propor o Audi Q2 1.6 TDI, por exemplo, por um valor a rondar os 30 mil euros, e a versão de entrada a gasolina por menos cerca de três mil euros.