Os governadores dos mais poderosos bancos centrais do mundo cancelaram a sua vinda a Portugal, onde na quarta-feira se previa que estivessem reunidos para o Fórum do BCE, que se realiza mais uma vez em Sintra, para discutir a arquitetura monetária e financeira mundial. Depois do governador do banco central da China, hoje foi a vez de ser comunicada a ausência de Janet Yellen, que lidera a Reserva Federal dos EUA, e de Mark Carney, governador do Banco de Inglaterra.

O programa de luxo prometia, mais uma vez, três dias com os mais poderosos da finança mundial. Em anos passados, nomes como Stanley Fisher, da Reserva Federal dos EUA, Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo e Durão Barroso, na altura ainda presidente da Comissão Europeia, fizeram parte do lote de banqueiros centrais onde, naturalmente, os membros do Banco Central Europeu estavam em peso.

Mas este ano a conferência tem sofrido baixas de peso. O painel que mais prometia, que estava previsto fechar a conferência, foi cancelado e os novos nomes ainda estão por anunciar. Nesse estavam os mais importantes nomes: Mark Carney, do Banco de Inglaterra, Janet Yellen, presidente da Reserva Federal dos EUA, e Mario Draghi, governador do Banco Central Europeu, moderados, pelo não menos sonante Jean-Claude Trichet, o antigo presidente do BCE.

Mas o painel foi cancelado, como já havia sido a presença do governador do Banco central da China, noticiada esta segunda-feira pelo Dinheiro Vivo, sem explicações sobre as razões do cancelamento, mesmo depois de questionada, fonte oficial do BCE não explicou os motivos, dizendo apenas que breve se conhecerá o painel que irá substituir o dos principais banqueiros centrais.

O cancelamento é conhecido após o voto no referendo de quinta-feira passada no Reino Unido sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, tendo vencido os defensores do abandono do bloco.

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