Filipa Vale e Azevedo, a mulher do ex-presidente do Benfica João Vale e Azevedo, vai ser julgada por envolvimento numa burla de 25 milhões de euros de que foi acusada em 2006.

Filipa Vale e Azevedo foi acusada por crime de burla qualificada e falsificação de documentos juntamente com dois cúmplices franceses. Segundo o Correio da Manhã, os arguidos são acusados de um total de 15 crimes.

O caso em questão diz respeito a um pedido de financiamento no valor de 25 milhões de euros ao BCP, por parte da empresa Vale e Azevedo Capital. A sociedade apresentou ao banco uma “garantia autónoma emitida pela PM RE Seguros” – uma representante da Swiss Re Group, em Paris – e afirmou que o dinheiro seria utilizado para comprar a Companhia Portuguesa de Amidos.

Depois da Unidade da Análise de Crédito do BCP ter contactado a Swiss Re Group, constatou que não existia uma sucursal da empresa em França e que, embora as assinaturas Eric Guyon e Richard Botella – os cúmplices do casal Vale e Azevedo – fossem verdadeiras, os dois homens não tinham qualquer ligação à empresa suíça.

Segundo o jornal português, o mesmo esquema foi utilizado para burlar outras empresas com as quais Vale e Azevedo mantinha negócios, entre as quais a PêMais, a Vencimos, a Eurolondons e a Futurbelas.

Eric Guyon e Richard Botella respondem por oito crimes de burla e duas tentativas e ainda por quatro crimes de falsificação de documentos. Filipa Vale e Azevedo responde por um crime de burla.

João Vale e Azevedo viu o seu processo ser autonomizado e encontra-se dependente das autoridades britânicas.

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