Carlos César, o presidente e líder parlamentar do Partido Socialista, mostrou-se confiante de que haverá uma suspensão das sanções a Portugal, por parte da Comissão Europeia. Numa entrevista dada ao jornal i, publicada esta sexta-feira, o presidente do PS considera que não existem “funcionários públicos a mais” em Portugal.

O socialista diz que existe uma “probabilidade elevada” de a Comissão Europeia suspender a aplicação de sanções em Portugal. Segundo o presidente do Partido Socialista, a Comissão Europeia deverá ter em conta “a boa trajetória que a execução orçamental deste ano já indicia” e não dar apenas atenção ao “incumprimento verificado em 2015”, ano em que Portugal devia ter apresentado um défice abaixo de 3%, e assim reduzir sair do Procedimento por Défices Excessivos, no final do ano de 2015.

No dia em que entram em vigor as 35 horas de trabalho semanal para uma parte da Função Pública, Carlos César afirmou que a solução encontrada é a que parece mais “razoável”, sem que existam “implicações de maior despesa que fossem significativas”. O político socialista não deixou de lado a possibilidade de “aprofundar aquilo que já foi conseguido”, depois da implementação do regime das 35 horas.

Quando questionado sobre o facto de o FMI ter afirmado que conseguir implementar um regime de 35 horas sem contratar novos trabalhadores é sinal de que “há funcionários públicos a mais”, Carlos César assegurou que não existem”funcionários públicos a mais em Portugal”. O presidente do PS afirmou ainda, sobre o FMI, que “não é uma instituição que constitua a referência da nossa ação”.

Relativamente às declarações de Schäuble sobre a necessidade de um novo resgate, Carlos César afirmou que “é por essas e por outras que infelizmente há cada vez mais cidadãos europeus que se revoltam contra essa arrogância persistente e insensata”. “Schäuble é apenas um ministro de um Estado membro e como tal se devia comportar”, comentou o presidente do PS.

Em relação ao caso de Carlos Martins, o secretário de Estado que recebia um subsídio de residência, o presidente do Partido Socialista afirmou que “a situação em que se encontrava o secretário de Estado não era de facto a melhor”, considerando-a mesmo “inadequada e indevida”.

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