“As Ligações Perigosas”
Choderlos de Laclos
(Relógio d’Água, trad. Alfredo Amorim e João Pedro Andrade)

Utilizando, com uma destreza fascinante, a retórica como arma de sedução, os protagonistas deste romance epistolar (Visconde de Valmont e Marquesa de Merteuil) passeiam pela aristocracia francesa, corrompendo tudo o que ainda não está corrompido, enquanto comentam todas as suas acções perversas como meras jogadas de um passatempo de verão.

“Ilusões Perdidas”
Honoré de Balzac
(Dom Quixote; trad. Isabel St. Aubyn)

Oscar Wilde afirmou que “o século XIX, tal como o conhecemos, é, em grande parte, uma invenção de Balzac.” A leitura deste romance mostra-nos que, em grande parte, Wilde tinha razão quando disse tal coisa.

“Em Busca do Tempo Perdido”
Marcel Proust
(Relógio d’Água; trad. Pedro Tamen)

Quando acabar de ler o romance de Marcel Proust é provável que perceba que tempo perdido foi aquele que não dedicou à obra-prima do escritor francês.

“Poesias Completas”
Alexandre O’Neill
(ed. Assírio & Alvim)

O Instituto de Socorros a Náufragos pediu um dia a Alexandre O’Neill que fizesse um slogan para prevenir os afogamentos nas praias portuguesas e este sugeriu “Passe um verão desafogado”. A proposta foi rejeitada. Nos dias correntes, em que a poesia anda aparentemente tão profunda, nada melhor do que passar um verão desafogado com os poemas de O’Neill.

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“A Lifelong Interest: Conversations on Art & Science”
E.H. Gombrich & Didier Eribon
(Thames & Hudson)

Didier Eribon reúne uma série de conversas sobre arte, ciência e história com uma das mentes mais interessantes do século XX: o historiador e teórico da arte E.H. Gombrich. Com uma honestidade intelectual refrescante, Gombrich responde de forma simples a perguntas complexas e de forma complexa, mas nunca obscura, a perguntas demasiado simples.

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Jorge Almeida é aluno de doutoramento em Teoria da Literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa