Se não é um chamariz de melgas, de certeza que conhece quem seja. Independentemente do que essas vítimas façam e da quantidade de repelente que borrifem, as picadas vão ser certeiras. É nas pernas, na barriga, nos braços, na cara, quando não é em todos os lugares ao mesmo tempo. E como se nada pudesse exponenciar a comichão, eis que essas vítimas olham para quem está à sua volta e percebem que mais ninguém foi mordido uma única vez.

Mas porque é que há pessoas que no verão se tornam verdadeiros banquetes de mosquitos e outras a quem nada chega? De acordo com a Bustle, a resposta mais rápida é: genética. Na verdade, 85 por cento das probabilidades de vir a ser mordido advêm da genética. Embora os estudos sobre o tema não sejam muitos, os que existem são suficientes para os investigadores terem a certeza de que há pessoas que, naturalmente, atraem os insetos e outras que não. Jerry Butler, professor emérito da Universidade da Flórida, diz mesmo que uma em cada dez pessoas é extremamente atraente para os mosquitos.

Existem certos elementos na composição do corpo que tornam as pessoas suscetíveis às mordidelas. Por exemplo: quem tenha grandes concentrações de esteroides ou colesterol na pele nunca vai conseguir vencer uma batalha com um pernilongo. Isto não quer dizer que quem tem colesterol alto vai ser mordido, quer sim dizer que quem processa e metaboliza o colesterol muito depressa é um alvo fácil porque o colesterol é libertado para a superfície da pele muito mais depressa.

De acordo com estudos, pessoas cujo tipo sanguíneo é O têm 83 por cento mais probabilidades de serem mordidas do que as pessoas com outro tipo de sangue. Sendo que quem tem o tipo de sangue A é quem está mais salvaguardado. Como se o sangue não fosse suficiente, segundo a CBS, também as mulheres grávidas são alvos preferenciais e acredita-se que seja devido ao dióxido de carbono que emitem, uma vez que exalam 21 por cento mais do que as outras pessoas. No entanto, a crença de que as mulheres são mais mordidas não passa de um mito — na verdade os homens são mais vulneráveis porque são maiores.

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O ácido úrico e o ácido láctico na pele também são um convite para jantar, daí os atletas serem mordidos mais frequentemente. Mas se prefere uma boa noite de copos ao exercício físico, também não está seguro. O álcool faz aumentar a temperatura corporal e isso leva qualquer melga que se preze ao êxtase.

Não pense que está a fazer alguma coisa para atrai-las, basta ser verão e estar calor que elas vêm por si mesmas. No entanto, a cor da roupa que usa também é importante. Sendo verdade que elas se guiam pelo cheiro para encontrar a sua próxima vítima – conseguem cheirar um “lanche” a 50 metros – não é menos verdade que também usam os olhos para encontrar o lesado. As cores perigosas são o vermelho e os tons escuros como o azul e o preto.

O bom desta história é que o estilo de vida que as pessoas levam já as protege muito de possíveis ataques, sendo que o ar condicionado desempenha um papel crucial. E sempre pode apostar no repelente, no óleo de eucalipto ou de coco. E se nada disto funcionar e quiser desesperadamente dormir, o melhor é recorrer ao velho truque de se tapar com o lençol e fazer-se de morto.