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No Porto, o Teatro Rivoli recebe dois espetáculos a partir de sexta-feira. Estrangeiras é uma peça que nos fala de três mulheres detidas perto da fronteira dos Estados Unidos da América, depois de tentarem entrar ilegalmente no país. À medida que o tempo passa, as personagens vão-se desinibindo e confessam o que pensam umas das outras. As diferenças culturais e sociais são expostas nos diálogos. A encenação é de João Branco e os textos são de José Luís Peixoto. Os bilhetes custam cinco euros.

Ainda na mesma sala de espetáculos, mas desta vez com dança, Meg Stuart apresenta Violet. A coreógrafa norte-americana contrapõe a fragilidade do corpo com a violência dos movimentos. A música eletrónica e experimental também entra no espetáculo. Em palco, estão cinco bailarinos que mostram como a simplicidade da dança pode ser importante numa reflexão introspetiva. Os bilhetes custam dez euros.

Ainda antes de o festival Amplifest chegar em agosto, decorre este sábado uma pré-sessão no Hard Club, no Porto. A partir das 21h15, Sun Kil Moon, SUMAC e Mamiffer são os artistas que vão subir ao palco do Amplifest Session. Mark Kozelek, o homem que é também Sun Kil Moon volta a Portugal, depois de ter passado em 2015 pelo NOS Primavera Sound. Já SUMAC e Mamiffer estreiam-se em palcos portugueses. Os bilhetes custam 20 euros e as receitas revertem para a associação Renascer. Já agora, interessa também lembrar que antes do Amplifest, Mark Kozelek estará ao vivo em Lisboa, no Musicbox. Concerto a partir das 22h30.

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A 25ª edição do Jazz no Parque na Fundação Serralves no Porto termina a 17 de julho. No domingo é a vez do concerto do pianista Nani García marcar o segundo fim de semana do evento, a partir das 18h. O músico espanhol já trabalhou para cinema e televisão e neste concerto junta um quarteto de cordas. Nani García é ainda acompanhado por Simon García no contrabaixo e Miguel Cabana na bateria. Os bilhetes custam 10 euros.

Em Freamunde, Paços de Ferreira, as Sebastianas prometem animar a cidade até 12 de julho. A festa em honra de São Sebastião começa sempre no segundo fim de semana de julho, onde para além de reunir a religião e as iniciativas populares como a Noite de Bombos, recebe igualmente alguns nomes conceituados da música portuguesa. Este ano, The Legendary Tigerman, Resistência e Boss AC fazem parte do cartaz. De entrada livre.

Começa no sábado, o Curtas Vila do Conde e como o próprio nome indica, neste festival de cinema trata-se de premiar e dar a conhecer as melhores curtas-metragens. O ponto de encontro é o Teatro Municipal de Vila do Conde e as sessões de competição mantém-se: internacional, nacional, experimental, vídeos musicais, Take One! e Curtinhas. Uma das imagens de marca continua a ser o programa dos filmes-concertos, os ingleses Tindersticks são um dos destaques da iniciativa. O preço dos bilhetes para o concerto começa nos 20 euros.

O rock vai passar por Bragança com o Quintanilha Rock 2016, a partir de quinta-feira e até sábado. Ao longo dos três dias, vários bandas vão passar pelo Parque do Colado, como Capitão Fausto, The Sunflowers e Alien Talgo. O festival oferece campismo e uma praia fluvial. O bilhete diário custa oito euros e o geral custa dez euros.

Os festivais de música não param e se estiver pelo Norte, pode também dar um saltinho até ao Souto Rock em Barcelos. Tem exatamente a mesma duração que o Quintanilha Rock, termina a 9 de julho e traz artistas como Leviatã, Killimanjaro e The Parkinsons. É de entrada gratuita e também tem campismo.

E se estiver por Guimarães, o melhor é ter cuidado com a cor que veste no sábado. A Noite Branca regressa a alguns espaços do centro histórico da cidade, onde a dança é um dos ingredientes principais. O DJ Pedro Cazanova e o trio The Fucking Bastards fazem parte do cartaz. De entrada livre, mas com dresscode obrigatório.

Festival Percursos da Música consiste em 22 espetáculos que acontecem a partir desta semana em Ponte de Lima. Durante 18 dias, a música terá diversos caminhos e será para todos os gostos. Desde o concerto de Noiserv às atuações de coros e ópera, o público pode esperar quase tudo. Além de estilos diferentes, a música vai ultrapassar tempos e lugares. Os artistas não são apenas nacionais e não se restringem à contemporaneidade, exploram também o passado. Todas as iniciativas são grátis.

O fadista Hélder Moutinho dá um concerto no sábado à noite no Teatro de Vila Real. O álbum Manual do Coração deste ano é o quinto trabalho lançado pelo artista, com colaborações de cantores como Vitorino, João Gil e Mário Laginha. Hélder Moutinho divide ainda a sua carreira musical com o cargo de manager de artistas como Gisela João. De entrada gratuita.

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Em Góis, Coimbra, o GóisOrosoArte tem a sua 20ª edição. Esta é uma mostra internacional de arte que começou em 1996 dentro de fronteiras, mas em 2007 formou uma parceria com Espanha. As exposições vão desde a pintura à fotografia e estão expostas na Casa do Artista de Góis. O evento reúne trabalhos de artistas da Península Ibérica numa co-organização dos municípios dos dois países. A entrada é livre.

Ao Salão Brazil, em Coimbra, chega o brasileiro Jota Erre no sábado, a partir das 22h30. O álbum “Binário” é o mais recente trabalho conta com a participação do baixista português Bernardo Fesch. Os bilhetes custam cinco euros.

Na noite de sexta-feira é altura de recordar Carmen Miranda com o Real Combo Lisbonense. O espetáculo vai acontecer na Casa da Criatividade em São João da Madeira, a partir das 22h. Saudade de Você — às voltas com Carmen Miranda é o disco que a banda leva ao palco. O preço dos bilhetes varia entre os cinco e os 12 euros.

O ciclo de concertos Sons do Bussaco — Músicas do Mundo vai trazer música à Mata Nacional do Buçaco, na Mealhada, até 24 de setembro. Este sábado, a partir das 21h30, o guitarrista Grutera embala a Natureza com os seus acordes. Embora a paisagem verdejante seja um dos principais atrativos, o concerto acontece no Convento de Santa Cruz. A entrada na mata é gratuita, já os bilhetes para o concerto custam cinco euros.

A Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira tem uma iniciativa chamada Hora do conto: vamos dar a volta ao mundo. Durante julho, os contos populares de países como a Rússia, Marrocos e Japão são contados e lidos a crianças portuguesas. Além de promover a diversidade cultural, a leitura pretende aumentar a sabedoria dos mais novos. A atividade é dedicada a crianças dos seis aos 12 anos. Na sexta-feira, o início está marcado para as 14h. A entrada é gratuita.

E porque não continuar na onda dos mais jovens? Para eles chega o Marolas Ílhavo 2016 a partir de sexta-feira, que tem como cenário a praia da Costa Nova e a praia da Barra. Nos dois locais, haverá diversas atividades, seja nas ondas com os campeonatos de surf ou na música com o cantor Ricardo Sá e Maze dos Dealema. O evento prolonga-se até 31 de julho e é de entrada gratuita.

No Vouzela Art Fest, a arte contemporânea vai assumir as mais diversas formas a partir de sexta-feira. No Parque da Liberdade, vai haver cinema, teatro e música para agradar a todos os públicos. “Em Nome da Terra” é a peça da companhia de teatro O Bando, que recorda o texto do escritor Vergílio Ferreira com o mesmo nome. Na música, um dos artistas no cartaz será Filho da Mãe. Já os pintores, o melhor será preparem os cavaletes, as telas e os pincéis para o VII Encontro Nacional de Pintura, outra das iniciativas do evento. De entrada livre.

Que tal regressarmos até ao século XII? Parece coisa de aventura mas é o que vai acontecer em Tomar a partir de quinta-feira e até domingo: uma Festa Templária que evoca o cerco árabe de 1190 em redor do castelo. Além da recriação histórica das tropas do rei marroquino Almançor, haverá lugar para jantares medievais, espetáculos de fogo e um cortejo noturno. Com entrada livre.

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Os passes para os três dias do NOS Alive, que começa esta quinta-feira e termina no sábado, estão esgotados. No entanto, ainda vai a tempo de comprar bilhetes para o primeiro dia, esta quinta-feira. O festival acontece no Passeio Marítimo de Algés em Oeiras e este ano, o cartaz continua a cativar os festivaleiros nacionais e internacionais: Radiohead, Pixies, Tame Impala, Two Door Cinema Club, The Father John Misty são alguns dos nomes no cartaz. Mas porque as propostas são abrangentes, pode até ficar-se pelo palco dedicado ao fado. Raquel Tavares, Hélder Moutinho e Teresinha Landeiro vão marcar presença. Os bilhetes diários custam 56 euros. Veja aqui o guia que o Observador preparou.

O Festival Monstra aconteceu em março deste ano, mas no verão também é tempo de assistir a cinema de animação. Monstrinha de Verão está dedicado aos mais novos. Desde 25 de junho, todos os fins de semana, algumas curtas-metragens são projetadas no Cinema Ideal para toda a família. As crianças pagam 3,50 euros e os adultos pagam quatro euros.

No Largo de São Carlos, em frente ao teatro, está de regresso o Festival ao Largo a partir de sexta-feira. São 15 espetáculos de música, teatro e dança ao ar livre. O pianista Mário Laginha, a maestrina Joana Carneiro e a Orquestra Sinfónica Portuguesa fazem parte do leque de artistas. A entrada é livre.

Já no Teatro D. Maria II e no São Luiz, Glorioso Verão — Festival Shakespeare chega para homenagear o dramaturgo, que imortalizou o clássico “Romeu e Julieta”. É dentro das quatro paredes dos teatros, mas também fora deles, que o festival acontece. A partir deste fim de semana, é possível assistir a um ciclo de cinema baseado nas obras de William Shakespeare. Até agosto, há muito para ver. A peça de Rui Horta, “Romeu e Julieta” e o espetáculo “Shake, shake, shake, meu amor” da Escola Superior de Teatro e Cinema são alguns dos destaques. Saiba mais aqui e aqui.

E se está à procura de festa em Lisboa, o mais indicado é ir até ao Bairro do Intendente. Durante o mês de julho, os espetáculos de rua vão reunir moradores, visitantes e artistas. Os jogos de tabuleiro, as danças africanas, a música de Dead Combo ou Valete demonstram a diversidade da programação. Se não tiver planos, aproveite para visitar o bairro lisboeta. A entrada no Bairro Intendente em Festa é livre (e veja aqui a programação completa).

Ainda sobre o tópico “música da estação quente”. O Museu do Chiado volta com os concertos Noites de Verão, sendo que nesta edição o Palácio Pombal também recebe música. Esta sexta-feira, o cantor angolano Bonga é o artista a inaugurar o palco, mas até agosto há muito por onde escolher. Pega Monstro, Luís Severo e Norberto Lobo são outros dos nomes na programação. A entrada é gratuita.

O Festival de Almada está de regresso e mais uma vez, o teatro continua a ser o protagonista. Até 18 de julho, são 29 espetáculos que acontecem nas duas margens do Tejo. O homenageado da edição deste ano é o encenador Ricardo Pais. Um dos destaques é a peça “Città Del Vaticano” do encenador alemão Falk Richter, que mostra como o Vaticano pode servir de inspiração para uma peça. O evento está distribuído por dez palcos e a organização espera ter “sessões esgotadas”. Os preços são diversos — pode consultá-los aqui — e variam consoante os espetáculos.

Um piano, um palácio e um domingo à tarde. Basta não faltar à iniciativa Domingos ao Piano no Palácio de Monserrate em Sintra. Todos os meses, ao segundo e ao quarto fim de semana, o pianista Raul Pinto estará lá à sua espera. O objetivo é que o espetáculo se torne uma “experiência auditiva”, ao mesmo tempo que “recria o ambiente histórico” do palácio. A entrada é livre, mas é necessário adquirir um bilhete para entrar no Parque de Monserrate.

As Festas da Cidade em Ponte de Sor vão mostrar a “melhor gastronomia e artesanato” do concelho. Além disso, os espetáculos musicais também têm lugar no evento, com Ana Moura, Herman José, HMB e António Zambujo. E como se trata de celebrar e valorizar a cidade, a entrada é livre e sem custos. Só paga quem quiser provar as iguarias alentejanas.

Em Lagos, durante este fim de semana, a música portuguesa é protagonista. A partir de sexta-feira e até domingo, o Festival In Lagos assinala a terceira edição com nomes como UHF e Jimmy P. Além da música, alguns projetos juvenis vão garantir animação para outros públicos. O evento acontece no Auditório Municipal de Lagos e os bilhetes para os três dias custam 15 euros. Já o preço para cada dia tem o valor de dez euros.

Em Loures, o Portela Street Food Festival regressa numa segunda edição e promete fazer as delícias dos visitantes. O Jardim Almeida Garrett estará repleto de carrinhas “pão de forma” e motas, com street food variada e nacional. Nenhum festival se faz sem música, portanto a banda Lucky Duckies assegura o espírito rockabilly dos 50s.

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“Sai um chi chi charro e um co co copo de vinho” parece ser uma das expressões do grupo Starlight, que continua a animar os Açores na Festa do Chicharro da Ribeira Quente. O peixe pode mandar neste festival, mas a música também: Mariza e D.A.M.A fazem parte do cartaz. No que toca à fadista, a organização anuncia que esta é a sua “estreia num festival na ilha de São Miguel”. O preço dos bilhetes diários varia entre os cinco e os 12 euros.

No arquipélago da Madeira, Santa Cruz recebe o primeiro festival de curtas-metragens, com o nome Santa Curtas. Até 31 de julho, várias curtas vão ser projetadas na Casa da Cultura na Quinta do Revoredo. Ao ar livre e num local habituado a receber as mais variadas iniciativas culturais, os açorianos podem contar com fins de semana de sétima arte.