Durão Barroso não se incomoda com as críticas dos partidos da esquerda à sua contratação pelo Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo, como presidente não executivo e consultor. Em declarações ao semanário Expresso, o ex-primeiro-ministro diz que “é-se criticado por ter cão e por não ter”.

Se se fica na vida política é porque se vive à conta do Estado, se se vai para a vida privada é porque se está a aproveitar a experiência adquirida na política”, defende-se Durão Barroso.

O ex-governante, que abandonou o Executivo português para ir presidir à Comissão Europeia em 2004, afirma também que esse cargo lhe deu a experiência necessária para lidar com crises políticas e financeiras. No Goldman Sachs, Barroso estará particularmente focado em acompanhar o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, segundo o Público.

“Podia ter aceitado ocupações mais tranquilas, mas gosto de posições de desafio”, admite Durão ao Expresso. Numa entrevista à SIC, em maio, Barroso já tinha afirmado que ia deixar a política ativa e que, inclusivamente, já tinha recebido um convite para assumir um novo cargo.

Para o ex-primeiro-ministro, é “um desafio e um reconhecimento que uma instituição desta dimensão convide um português para um cargo desta importância”.

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