“Serão precisos, no mínimo, mais cinco anos para que possamos ter à venda um Jaguar ou um Land Rover totalmente autónomo, no Reino Unido”, revelou o director de Pesquisa e Desenvolvimento da Jaguar Land Rover (JLR), Wolfgang Epple, à britânica “Car Magazine”. Mas em 2025, um carro autónomo não se vai limitar a seguir um mapa. Deve ser capaz de lidar, “sem a ajuda do condutor, com o tráfego caótico e com consciência total e capacidade de resposta a tudo o que acontece à sua volta”, adianta o responsável. E acrescenta: “O carro autónomo precisa de mais que dois olhos; precisa de 20 sensores diferentes. Pelo que acredito que, em 2030, veremos automóveis equipados com radares de alta frequência, radares laser e rodeados por infraestruturas capazes de garantir a comunicação ‘car-to-car’ e ‘car-to-infrastructure'”.

Relativamente aos produtos Jaguar e Land Rover, Wolfgang Epple revela que o objectivo também passa por “dispensar o condutor de todas as tarefas fastidiosas da condução”, nomeadamente, através da introdução de novas tecnologias como o “Active Cruise Control”, ou o “Active Driver Assistance”. Simultaneamente, o responsável da JLR diz acreditar que será igualmente importante assegurar que o condutor está em boas condições para conduzir. Por exemplo, através da “monitorização dos ritmos cardíacos e respiratórios, com recurso a tecnologia colocada no banco do condutor”, solução que “poderá ser utilizada nos carros autónomos” e que, em termos de concretização, “poderá estar pronta nos próximos 10 anos”.

Na opinião do director de Pesquisa e Desenvolvimento, o automóvel autónomo do futuro será mesmo capaz de “ler as ondas cerebrais do condutor através de sensores no volante, para confirmar que este está, efectivamente, apto para a condução”. E como forma de combater o excesso de informação na estrada, poderão ser desenvolvidas soluções como “um ligeiro tremer do pedal do acelerador, para avisar o condutor de um perigo iminente; provocar uma maior sensação de resistência caso este esteja a ir depressa demais; ou até mesmo replicar, em caso de perigo face a um ciclista, o som da campainha de uma bicicleta no sistema sonoro, podendo o aviso ser igualmente acompanhado por um ligeiro toque ao nível do ombro”.

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