O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira que Portugal vai responder nos próximos dez dias, formalmente, à decisão do Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) de aplicar sanções ao país, alegando que são “injustificadas” e “altamente contraproducentes”.

António Costa falava em conferência de imprensa, em São Bento, no final de uma reunião do Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia, após o Ecofin ter decidido que Portugal e Espanha irão ser alvo de sanções por não terem adotado “medidas eficazes” para corrigirem os défices excessivos.

“Tratou-se de uma decisão que não tem particular novidade. Teremos um período de dez dias para responder e é isso que faremos”, declarou o primeiro-ministro, salientando que a aplicação de sanções a Portugal e Espanha “é injustificada” e, a concretizar-se, “teria efeitos altamente contraproducentes”.

António Costa afirmou que não tem a menor dúvida que é injustificado dizer que o anterior governo não “procurou cumprir as metas de redução do défice”.

“Se fizermos a evolução de 2010 a 2015, verificamos que houve uma redução, sem medidas excecionais, das receitas e das despesas de 8,6 para 3,2% do défice e que é contraproducente adotar sanções no ano em que a Comissão Europeia, nas suas piores previsões, reconhece que Portugal vai ficar, pela primeira vez, com o défice abaixo dos 3%”, afirmou o primeiro-ministro português.

António Costa disse ainda que todo o processo é um contrassenso até porque ouvimos o “insuspeitíssimo ministro das finanças alemão” propor que Portugal devia ser castigado, depois de ter apelidado Maria Luís Albuquerque como “o modelo de uma boa aluna e de empenho no cumprimento das metas”.

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