O ex-Presidente da República Cavaco Silva foi o único a não se mostrar contra as sanções no Conselho de Estado desta semana. A notícia é avançada pelo Público, que explica que Cavaco terá feito uma “análise de cariz essencialmente técnico”, confirmando a “legitimidade da aplicação de penalizações”.

Cavaco Silva lembrou que Portugal se submeteu às regras europeias — tanto no Tratado Orçamental como nos programas de estabilidade — e destacou a importância desses compromissos. O Público refere que alguns dos conselheiros consideraram essa intervenção como uma “legitimação” da aplicação das sanções.

O assunto não foi referido no documento distribuído no final da reunião à comunicação social — os assuntos lá mencionados têm de ser aceites por unanimidade pelos conselheiros. Nesse documento, apenas se lia que o Conselho de Estado quer “uma contínua reflexão aprofundada sobre os desafios colocados à União Europeia”.

Ainda de acordo com o mesmo jornal, o antigo Presidente da República considerou, na intervenção no Conselho, que a conjuntura internacional não deve ser utilizada pelo Governo para justificar “a fraca recuperação económica”, porque é igual para todos os países.

As palavras de Cavaco Silva terão sido as únicas a contrastar com a unanimidade dos conselheiros em relação à possibilidade a aplicação de sanções a Portugal pela União Europeia.

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