A nova exposição permanente de pintura e escultura portuguesa do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, é inaugurada esta quinta-feira, após obras de renovação do terceiro piso, que festeja com um programa de concertos até sábado.

Após seis meses de obras no terceiro piso do museu — dedicado à pintura e escultura portuguesas — será apresentado um conjunto de 243 obras, na maioria pintura (152 peças) e um terço de escultura (91 peças) de autores portugueses, do século XIV ao XIX.

A inauguração conta com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, o secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, e a diretora-geral do Património Cultural, Paula Silva, além do diretor do MNAA, António Filipe Pimentel.

Para celebrar a abertura – que representa o maior projeto do museu nos últimos anos – realizar-se-á um programa de concertos de entrada livre, até sábado, com músicos e cantores do Teatro Nacional de São Carlos e da Orquestra Sinfónica Juvenil.

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O espaço — casa habitual dos Painéis de São Vicente, um dos ícones da pintura antiga portuguesa — foi alvo de uma intervenção profunda a nível do percurso, com novo mobiliário museográfico e a instalação de luz especial, nunca antes usada no museu.

O novo discurso expositivo, de caráter mais didático, segundo o museu, possui obras de autores como Fernão Gomes, Nuno Gonçalves, Machado de Castro, Josefa de Óbidos – que terá uma sala exclusiva – Vasco Fernandes, Gregório Lopes, Cristóvão de Figueiredo, Francisco Vieira, conhecido como Vieira Portuense, Cristóvão de Morais, Vasco Fernandes, conhecido por Grão Vasco, e Domingos António de Sequeira, entre outros.

O visitante vai poder ver ainda peças nunca expostas, ou que foram recém-adquiridas, nomeadamente o quadro “A Adoração dos Magos”, do pintor Domingos Sequeira (1768-1837), uma das “estrelas” do MNAA, adquirido em maio, após uma campanha pública que reuniu mais do que os 600 mil euros necessários para a compra a privados.

Iniciada em janeiro, a renovação do terceiro piso era há muito desejada pela direção do MNAA, que acolhe o mais importante acervo de pintura e escultura portuguesa do país deste período.

Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante coleção pública de arte antiga do país, de pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.