O incêndio florestal que lavra há mais de 15 horas em Vale de Cambra evolui favoravelmente, mas está longe de ser dominado, disse o comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro.

“O incêndio está a ceder aos meios, mas ainda está longe de estar dominado”, disse à Lusa o comandante José Bismarck, do CDOS de Aveiro.

Das três frentes ativas, duas estão dominadas a 80%, mas continuam a merecer grande atenção por parte dos bombeiros por causa das “reativações violentas”.

“Estamos com uma temperatura alta e o vento diminuiu de intensidade e rodou ligeiramente para norte”, adiantou José Bismarck.

O comandante referiu ainda que as chamas andaram perto das povoações de Cepelos, Irijó e Gatão e da zona industrial de Junqueira, onde se encontra instalado o posto de comando, mas os bombeiros conseguiram manter o fogo afastado destes locais.

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Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro (CDS-PP), que tem estado a acompanhar o evoluir da situação, destacou o “bom trabalho” que tem sido feito pelos bombeiros.

“Várias vezes o fogo esteve perto de moradias, mas sem as pôr em risco, devido à pronta atuação dos meios que estavam no terreno, com a ajuda de alguns populares”, disse o autarca, adiantando que o vento tem sido o principal inimigo dos soldados da paz.

José Pinheiro referiu ainda que o fogo “galgou rapidamente” uma mancha florestal considerável, estimando que tenham ardido centenas de hectares de floresta.

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o fogo que deflagrou cerca das 00:30 na freguesia de Junqueira, está a ser combatido por 199 homens, com o auxílio de 67 viaturas e dois meios aéreos.

Às 15:00, este era o único incêndio no país com uma duração superior a três horas e mais de 15 meios de proteção e socorro envolvidos.