Pedro Marques Lopes, um dos comentadores do programa “Eixo do Mal” (SIC), contou ao Observador o que viu durante o concerto de Iggy Pop.

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E tal como aconteceu ontem, com os Disclosure, o MEO Arena está finalmente cheio (todos os outros palcos estão fechados). A concorrência, cá fora, chama-se temperatura: estão 27ºC, sem vento.

Os Massive Atack estão escuros como a noite, mas iluminados por um cenário magnífico, um quadro a toda a dimensão do palco onde passam palavras e letras e traços que sublinham cada tema (aqui a simular os painéis das partidas no aeroporto). Boa viagem, os Young Fathers estão on stage.

Chegou, cantou e fez abanar a MEO Arena. Iggy Pop subiu ao palco e começou com “No Fun”, mas diversão foi o que não faltou. O mítico vocalista dos The Stooges fez o que quis com o público que vibrou do primeiro ao último minuto. “Lust for Life” trouxe um pico de adrenalina e ainda estávamos a um terço do concerto.

A loucura chegou pouco depois, com “Real Wild Child” e quando James Newell Osterberg Jr. (o seu nome de batismo) desceu ao fosso para cumprimentar os fãs. O álbum Post Post Depression (2016) também foi ao alinhamento, quando Iggy já suava em bica. O músico continua a ser um verdadeiro animal de palco, “um dos grandes, como ele só Mick Jagger”, comentava um espetador maravilhado à saída do espetáculo.

Momentos antes, a audiência fez questão de se despedir com muitos aplausos e muitos gritos a pedir “jump, jump”! Iggy não chegou a saltar para os braços do público. Nem precisou. Tudo o que tinha para dar — e foi muito — deu em cima do palco.

"Boa tares! Olá!" Foi um bom esforço dos Massive Attack

— Inês Linhares Dias (@ines_linhares) July 15, 2016

Mac DeMarco já terminou o concerto no palco EDP. Deu um “show” para os muitos jovens que encheram o palco EDP, enquanto Iggy Pop tocava no MEO Arena. Viu-se muita gente abaixo dos 30 anos na plateia, a brincar com os tubos de luz, às cavalitas de outras pessoas e a cantar freneticamente alguns dos êxitos deste “freak” canadiano.

Ao som de canções como “Viceroy”, “Cooking up something good” e “My kind of woman”, por exemplo, Mac DeMarco trouxe uma espécie de jangly-rock brincalhão ao festival. E mostrou, pela reação do público, ser já uma “freak star” entre os indies, com as suas piadas constantes entre canções e com a sua atitude de adolescente despreocupado. Aqui para nós, não é especialmente agradável assistir a trinta segundos de gargalhadas trocadas entre elementos da banda. Mas a maioria até pareceu achar piada.

Mac DeMarco:

O teclista bebe uma lata de cerveja de penalty. Festa rija

— Gonçalo Correia (@goncalobcorreia) July 15, 2016

Com um arranque destes adivinha-se logo ao que se vai. Tomás Wallenstein tem o à vontade para gozar com tudo e mais alguma coisa, mas nunca se esquece do poder das canções. Respeitou o muito público que roubou ao cabeça de cartaz (Iggy Pop) e passou uma hora a desfilar os principais sucessos da banda, com destaque para as oito novas canções de Capitão Fausto Têm Os Dias Contados.

A magnífica plateia do Palco Antena 3 esteve completamente cheia, com direito a braços no ar, letras sabidas de cor, gente ao gritos e a muito moche. Sim, pessoas que encontram na pop dos Capitão Fausto a energia que falta a muitos espetáculos de rock “duro”, chamemos-lhe assim. O hype está para durar, ainda há muitos dias para contar.

Já o jornalista Gonçalo Correia anda a rondar os outros palcos do Parque do Rock onde estão a atuar Capitão Fausto (Palco Antena 3) e Mac DeMarco (Palco EDP). Todos bem frequentados pelos vistos.

Ninguém desarma de Capitão Fausto. Mesmo com Iggy Pop ao lado. pic.twitter.com/UomwztXMtf

— Gonçalo Correia (@goncalobcorreia) July 15, 2016

O concerto de Mac DeMarco também está bem composto. pic.twitter.com/fuFWvXV5iH

— Gonçalo Correia (@goncalobcorreia) July 15, 2016

As jornalistas do Observador estão a assistir ao concerto de Iggy Pop e parecem estar apaixonadas pelo músico de 69 anos. Isto promete.

"You f*uckin rock! You bad boys!" Iggy, quando for grande quero ser como tu #sbsr

— Inês Linhares Dias (@ines_linhares) July 15, 2016

"Real wild one" e desce ao fosso. És grande @IggyPop e wild por todos nós! #sbsr

— ElsaAraújoRodrigues (@elsaarodrigues) July 15, 2016

Luís Pedro Nunes, editor do Inimigo Público e um dos comentadores do programa “Eixo do Mal” (SIC), falou ao Observador e contou a razão que o trouxe ao SBSR.

Iggy Pop desceu ao fosso e a jornalista Elsa Rodrigues está a assistir ao concerto e diz (com razão) que ele não parece ter 69 anos.

James Newell Osterberg Jr. AKA @IggyPop deve ter bebido o elixir da eterna juventude… #sbsr pic.twitter.com/ZjhVRzvjU4

— ElsaAraújoRodrigues (@elsaarodrigues) July 15, 2016

Numa breve visita à área VIP do Super Bock Super Rock encontrámos Helena Costa com um look bem festivaleiro (e descontraído) da cabeça aos pés. De camisa ao casaco à cintura, a atriz apostou num conjunto bem fresco para sobreviver às altas temperaturas de verão e assistir ao concerto de Iggy Pop.

FÁBIO PINTO/OBSERVADOR

A afluência do segundo dia está significativamente mais forte do que o primeiro dia (obrigada sexta-feira) e ainda continuam a entrar pessoas no recinto para assistir aos concertos que se prolongam até de madrugada no Palco Carlsberg. Amanhã, sábado, espera-nos um dia com lotação esgotada e está previsto entrarem cerca de 20.000 espetadores para ver Kendrick Lamar.

O hype Capitão Fausto. Lá à frente, moche!

Com 69 anos de idade, Iggy Pop mantém a postura. Despido, atua sem vergonha das rugas no corpo. Tem uma energia fantástica.

Aí está: “The Passenger”, Iggy Pop no palco grande. A (muita) gente que falta para encher a plateia está a ver Capitão Fausto.

O Observador encontrou o humorista Luís Franco Bastos, que contou a razão que o trouxe ao festival. Dica: não toca hoje…

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