O adjunto militar do Presidente turco, Ali Yazici, foi detido este domingo, no âmbito de uma investigação sobre a tentativa de golpe de Estado de sexta-feira, noticiou a agência noticiosa Anadolu.

O coronel Ali Yazici ocupou, no último ano, o cargo de adjunto pessoal do Presidente, um lugar tradicionalmente desempenhado por um militar de alta patente, que o chefe de Estado seleciona entre três nomes propostos pelas Forças Armadas.

De acordo com a cadeia de informação CNN-Türk, Yazici encontrava-se em Ancara, capital turca, na altura da tentativa de golpe de Estado, enquanto Erdogan estava de férias em Marmaris, no sudoeste, de onde seguiu para Istambul.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Externos informou este domingo que morreram pelo menos 290 pessoas na tentativa de golpe de Estado que assolou Istambul na sexta-feira à noite. “Mais de 100 rebeldes morreram. As operações continuam. Infelizmente, mais de 190 cidadãos civis morreram”, afirmou em comunicado o ministério.

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Entretanto, as forças de segurança turcas entraram em confronto com rebeldes que resistiram às forças policiais no segundo aeroporto de Istambul, avança a Reuters. Foram disparados tiros de aviso junto do aeroporto Sabiha Gokcen. Os rebeldes acabaram por ser detidos e a situação está já sob controlo, informaram as autoridades.

Na sequência do golpe militar que quis tirar Tayyip Erdogan do poder, foram detidas cerca de 6.000 pessoas. O presidente turco exigiu já a extradição do líder religioso Fethullah Gülen, que tem negado o envolvimento no golpe. Contudo, isso parece não demover Erdogan, que insinua que os Estados Unidos (onde Fethullah Gülen está exilado) estão envolvidos no golpe.

John Kerry, secretário de Estado do executivo liderado por Barack Obama, já veio anunciar que estas acusações são “totalmente falsas” e “danosas” para as relações bilaterais e que os EUA estão dispostos a ajudar as autoridades turcas que investigam o golpe militar.