O início do julgamento de uma família acusada de escravizar um homem durante 26 anos, numa propriedade agrícola situada no concelho de Évora, está marcado para 20 de outubro, na cidade alentejana, revelaram esta segunda-feira fontes judiciais.

As mesmas fontes adiantaram à agência Lusa que o julgamento começa no dia 20 de outubro deste ano, às 09:30, no Tribunal Judicial de Évora, e que no banco dos réus vão estar sentadas quatro pessoas da mesma família.

Os quatro arguidos estão acusados pelo Ministério Público (MP) da prática dos crimes de escravidão e de tráfico de pessoas, existindo um pedido de indemnização cível no valor de 30.468 euros. Na acusação, o MP refere que a vítima “trabalhou durante 26 anos” na propriedade agrícola “sem que lhe fosse paga qualquer remuneração”, em situação de “absoluta dependência”, indicando que os arguidos apoderaram-se dos seus documentos.

O caso remonta a 2013 e a investigação esteve a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ).

Na altura, o homem, de 63 anos e de nacionalidade angolana, foi resgatado pela GNR, após uma denúncia, segundo fontes judiciais e policiais.

As mesmas fontes indicaram que o homem foi encaminhado para uma instituição que acolhe vítimas de tráfico de pessoas, acabando por morrer, em novembro do ano passado, vítima de doença prolongada.

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