As remessas dos emigrantes portugueses caíram 8,3% entre janeiro e maio deste ano, para 1.181 milhões de euros, ao passo que as verbas enviadas pelos imigrantes em Portugal subiram 6,5% para 215,5 milhões.

De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, as verbas enviadas pelos trabalhadores portugueses no estrangeiro diminuíram de 1.288,9 milhões de euros, nos primeiros cinco meses do ano passado, para 1.181,3 milhões de janeiro a maio deste ano.

A França lidera a lista dos países de onde os emigrantes portugueses mais enviaram dinheiro para Portugal, com 447,6 milhões enviados de janeiro a maio deste ano, o que representa uma subida de 8,5% face aos 411,6 milhões enviados nos primeiros cinco meses do ano passado.

Remessas de emigrantes nos PALOP caem 4,8% até maio para 84,2 milhões de euros

Seguindo a mesma tendência de queda, as remessas dos emigrantes nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) caíram 4,8% para 84,2 milhões de euros, enquanto as verbas enviadas de Portugal para estes países caíram 6,1% para 19,8 milhões.

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As verbas enviadas pelos trabalhadores portugueses nos países africanos lusófonos passaram de 88,54 milhões de euros, nos primeiros cinco meses do ano passado, para 84,2 milhões de euros, o que equivale a uma descida de 4,8%, revelam os dados do Banco de Portugal.

Angola, como é costume, tem uma influência decisiva nestes valores, já que dos 84,22 milhões de euros enviados por todos os portugueses a trabalhar nos PALOP, mais de 80 milhões vieram do maior produtor de petróleo africano.

Em sentido inverso, os angolanos em Portugal enviaram 8,47 milhões, o que representa um decréscimo de 2% face aos 8,65 milhões enviados nos primeiros cinco meses do ano passado.

Os imigrantes dos PALOP a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 19,83 milhões de euros, o que representa uma descida de 6,15% face aos 21,13 milhões enviados de janeiro a maio do ano passado.

As remessas dos estrangeiros a trabalhar em Portugal registaram, por outro lado, uma subida de 6,5% nos primeiros cinco meses deste ano, passando de 202,1 milhões de euros de janeiro a maio de 2015 para 215,5 milhões de euros no mesmo período deste ano.