A Áustria decidiu aumentar as medidas de segurança na sequência dos recentes ataques ocorridos na Europa, anunciou hoje o ministro austríaco do Interior, Wolfgang Sobotka. “O terrorismo na Europa deve ser combatido por todos os Estados. Mas não deve levar a uma paralisação da sociedade e da vida pública”, explicou o ministro em comunicado.

Entre as medidas adotadas, e por se considerar que tem aumentado o potencial de perigo, a nota destaca o aumento da presença policial, “sobretudo em estações de comboio e aeroportos”, bem como noutros “lugares públicos especialmente frequentados”.

Em coordenação com o diretor geral da Segurança Pública, Sobotka ordenou o aumento da vigilância e uma maior disponibilidade das unidades da ordem especial, como o antiterrorismo “Cobra”.

As medidas incluem atividades “mais intensas” na análise da situação e a troca de informação, assim como melhorias técnicas em equipamento de proteção das pessoas.

O ministro austríaco, que na noite passada interrompeu as suas férias após o tiroteio ocorrido num centro comercial em Munique, recordou o envio de 42 agentes “Cobra” à Baviera alemã, para apoiar a polícia desse país, destacando que a Áustria “continuará a ser um parceiro estável” da Alemanha.

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Em declarações à televisão austríaca ORF, Sobotka reconheceu esta madrugada que, ataques como os recentes ocorridos em Nice, Munique, também “nos podem acontecer”.

“Contra este tipo de terroristas ou criminosos é muito difícil de se proteger”, disse.

Na sexta-feira à noite, a Áustria reforçou a vigilância das zonas fronteiriças com a Alemanha.

Hoje, foram retiradas as patrulhas policiais e controlos adicionais, depois de se saber que o tiroteio, em Munique, foi causado por um atacante, que se suicidou depois, e não por três homens que se encontrariam em fuga, como assumido durante horas, confirmou à Efe Karl-Heinz Grundböck, porta-voz do Ministério do Interior Austríaco.

As medidas de segurança adotadas no sábado estão relacionadas com o já elevado nível de alerta terrorista que se mantém a Áustria, desde o atentado na revista francesa Charlie Hebdo, em janeiro de 2015.