O Renault Clio é um caso raro de sucesso, pois lidera as vendas no mercado nacional há quatro anos, desde que iniciou a comercialização entre nós, e até a Europa sucumbiu perante os seus encantos, pois também lá fora é ele o líder do seu segmento (utilitários), bem como o segundo mais vendido do ranking global, batido apenas pelo Volkswagen Golf. E como a melhor defesa é o ataque, o pequeno Renault vai usufruir a partir de meados de Setembro de uma versão revista e melhorada. Em muitos aspectos.

Exteriormente, a casa francesa adoptou o princípio de que, “em equipa que ganha não se mexe”, pelo que as alterações são mínimas, com retoques na grelha e nos pára-choques à frente e atrás, cujas entradas de ar e difusores lhe conferem um ar mais moderno. Também por fora, o destaque vai para os novos farolins posteriores mas, especialmente, para os sofisticados faróis full LED na frente, que passam a equipar de série todas as versões acima do nível GT Line e que integram ainda a nova assinatura luminosa do modelo, através das “day running lights” (as luzes de iluminação diurna). Assumem a forma de um “C”, como já acontece no Mégane e no Talisman, mas agora com dimensões menos generosas. E passa a ser possível decorar o tejadilho e os retrovisores, o que, associado às novas cores para a carroçaria, garante uma maior personalização do modelo.

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Uma vez a bordo, tornam-se evidentes as principais alterações introduzidas no líder das vendas, que assim tenta manter a vantagem face à concorrência. O tablier continua em plástico macio, agradável à vista e ao tacto, agora até mesmo nas versões mais acessíveis. Mas os painéis de porta são novos, tal como o volante, visando tornar o conjunto mais sofisticado – sentimento que é reforçado pelo nível de equipamento, mais completo e a incluir sistemas relacionados com a segurança e com o conforto. Em relação aos primeiros, o destaque vai para o Easy Park Assist, ajuda ao estacionamento mãos livres. Já no âmbito do conforto, é de realçar o inteligente sistema R & GO, disponível desde as versões mais simples, e a renovada solução R-Link, para as versões mais bem equipadas. Tão importante quanto isso é a inclusão de uma versão BOSE, com oito altifalantes e um imenso “subwoofer” na bagageira, além de ar condicionado de série em todas as versões, um dispositivo tradicionalmente dispendioso e que, assim, se torna mais acessível a todas as bolsas.

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As outras novidades surgem igualmente no interior, mas desta vez no comportamento da mecânica, onde é possível encontrar o motor turbodiesel que faltava ao Clio: o 1.5 dCi de 110 cv, associado a uma caixa manual de seis velocidades. É esta unidade que permite ao Clio anunciar, simultaneamente, uma velocidade máxima de 194 km/h e um consumo pouco superior a 3 litros aos 100 quilómetros.

Mas esta não é a única novidade mecânica, uma vez que também a versão equipada com o motor a gasolina 1.2 TCe de 120 cv passa a estar disponível com caixa manual, em alternativa à EDC de dupla embraiagem. É isto que permite que este pequeno desportivo – que garante 199 km/h e 0 a 100 km/h em apenas 9 segundos – seja proposto por menos 1800€ que anteriormente.

Os preços dos novos Clio arrancam nos 15.200€ para a versão com motor a gasolina 1.2 TCe de 90 cv e nível de equipamento Zen, a mais simples, para depois subir 900€ nas especificações Limited Edition, com o GT Line, o mais desportivo de aspecto e o mais refinado de equipamento, a exigir uns adicionais 1770€. Por apenas mais 700€, o cliente tem acesso ao Clio GT Line, mas com motor de TCe de 120 cv (com caixa manual), que nos parece oferecer a melhor relação preço/potência.

As versões turbodiesel têm no 1.5 dCi de 90 cv a sua motorização mais acessível (19250€), com os já mencionados “saltos” de 900 e 1770€ a permitir o acesso aos Limited Edition e GT Line, respectivamente. Porém, tal como acontece nas motorizações a gasolina, só neste nível de equipamento estão disponíveis os blocos mais potentes (dCi 110 cv a custar mais 900€ do que a versão de 90 cv) e as caixas EDC (1800€).

Se estes são os preços do Clio em versão berlina de cinco portas, para se conhecerem ao valores respeitantes ao Clio Break, a versátil carrinha da gama, é necessário somar mais 860€. De recordar que a versão Break mantém a distância entre eixos (2,589 m), mas possui um comprimento superior em quase 21 cm, atingindo 4,267 m. Daí que ofereça uma bagageira com mais 48% de capacidade, a que corresponde um total de 445 litros.