As pontes internacionais que unem a Colômbia e a Venezuela vão reabrir nos próximos dias à circulação de peões depois de quase um ano fechadas, anunciou no domingo o Governo colombiano.

“Dentro de poucos dias, as comunidades de fronteira poderão circular, nos dois sentidos, nas pontes internacionais que unem a Colômbia e Venezuela em condições de normalidade”, revelou o Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiano num comunicado.

Os dois países têm uma fronteira comum de 2.219 quilómetros que foi encerrada a 19 de agosto de 2015 por decisão do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com o objetivo de combater assim o tráfico de droga e a alegada presença de paramilitares na zona.

Nos dois domingos anteriores, centenas de milhares de venezuelanos cruzaram a fronteira com a Colômbia para comprar alimentos e medicamentos que escasseiam na Venezuela. Isso foi possível devido à abertura pontual de duas pontes, depois de no início do mês 500 mulheres venezuelanas terem ignorado as restrições e avançado para o lado colombiano para fazerem compras de bens escassos.

“Este domingo, 24 de julho, não houve chegada massiva de cidadãos nos pontos fronteiriços com a Venezuela, o dia decorreu em completa normalidade”, segundo o mesmo comunicado do Governo colombiano.

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O mesmo texto revela que as ministras dos Negócios Estrangeiros dos dois países se reunirão a 04 de agosto para tentar definir um plano de ação que garanta uma “fronteira organizada, legal e migratoriamente eficaz”.

Horas antes, falando em Havana, a ministra colombiana dos Negócios Estrangeiros havia já dito que o Governo da Colômbia está a trabalhar para voltar a abrir o mais breve possível a fronteira com a Venezuela.

María Ángela Holguín assinalou aos órgãos de comunicação social que se está a trabalhar para abrir “muito em breve” e “definitivamente” a fronteira com a Venezuela.

“Vimos as fotografias da semana passada e 120 mil pessoas [venezuelanos] passaram por uma ponte (…) Estou realmente preocupada com esta questão da quantidade de pessoas num só sítio, por isso temos trabalhado e de uma forma muito dura para abrir a fronteira muito em breve e definitivamente”, afirmou.