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  • E o que é que nós fazemos, já agora? Pois é, lá teremos que fechar o nosso liveblog, agora que o segundo dia da Convenção do Partido Democrata já terminou.

    Amanhã voltamos às 21h30 para um dia que não será de somenos. Afinal de contas, vão discursar Joe Biden e Barack Obama.

    Tenha uma boa noite de descanso e não se esqueça de vir cá ter amanhã. Até lá!

  • E é assim que terminamos este liveblog do segundo de quatro dias da Convenção do Partido Democrata. Hoje, o destaque foi sem dúvida para Bill Clinton, cujo discurso fez o que os restantes oradores procuraram fazer: transmitir a mensagem de que Hillary Clinton não apareceu nem hoje nem ontem, mas há várias décadas, e que o seu currículo fala por isso. Hoje falou de educação, saúde, política internacional, segurança e também família. Tudo temas onde Hillary Clinton tem uma palavra a dizer e, nuns mais do que noutros, feitos a demonstrar.

    Outra nota a retirar: se o primeiro dia da convenção foi barulhento, graças à participação de delegados de Bernie Sanders descontentes com a forma como as primárias decorreram e terminaram, hoje pouco ou nada se ouviu. Bernie Sanders teve também o seu momento hoje, na votação estado a estado para ser escolhido o candidato nomeado pelo Partido Democrático para concorrer às eleições de 8 de novembro. Ao pedir a suspensão da votação depois de os estados estarem todos contados (faltavam ainda os superdelegados), Bernie Sanders pediu que a nomeação de Hillary Clinton fosse feita por aclamação. Foi isso que Hillary Clinton fez em 2008, perante a vitória de Barack Obama. E foi isso que Bernie Sanders fez em 2016, perante a vitória de Hillary Clinton.

  • Ideias não faltam à equipa de campanha de Hillary Clinton, cujo vídeo começou com um plano apertado sobre a candidata e terminou depois com um grupo de pessoas, destacando-se uma menina que tinha ao seu lado. A mensagem era precisamente para ela:

    “Olá, Philadelphia, eu estou tão feliz, tem sido um dia e uma noite incrivel. Que honra incrível que vocês me deram. E eu não acredito que acabámos de fazer a maior racha de sempre nesse tecto de vidro. Obrigado a todos os que trabalharam tanto para conseguir que isto fosse possível. Esta é verdadeiramente a vossa noite e é verdadeiramente a vossa vitória. E se há raparigas pequeninas que ficaram acordadas até tarde para ver, deixem-me dizer que eu bem posso ser a primeira mulher a ser Presidente dos EUA, uma de vocês pode ser a seguinte”

  • Queriam efeitos especiais? A sério, a uma hora destas? Bom, tomem lá na mesma!

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    Isto que aqui mostro é o finalzinho de um vídeo que acaba de pensar, onde foram mostradas as fotografias de todos os presidentes dos EUA por ordem cronológica, todos em tons de sépia. Depois de Barack Obama, a imagem quebrou-se, como se se tratasse de um vidro partido. Isso mesmo, quebrou-se o tal “tecto de vidro” de que Hillary Clinton fala, aquela barreira invisível que até agora tem estado no caminho de uma mulher chegar à presidência dos EUA. Mas, de acordo com este vídeo, isso está prestes a mudar. É que depois de o vidro se desfazer um cacos, é Hillary Clinton que surge lá detrás.

    O efeito especial é, desculpe-se a paida fácil, pouco especial. Mas deu para rir. É pelo menos uma maneira original de introduzir Hillary Clinton nesta maratona, para fazer um breve discurso aos presentes no Wells Fargo Center, através de uma tranmissão em direto, a partir de Nova Iorque.

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    E agora um momento musical protagonizado por Alicia Keys, que pediu o fim à “violência das armas”.

    A música escolhida é “Superwoman”. Cá vai a versão original:

  • Meryl Streep: "Onde é que Hillary vai buscar a sua coragem? Onde é que vai buscar a força?"

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    “O que é necessário ter para se ser a primeira mulher nalguma coisa?”, perguntou a atriz Meryl Streep, assim que subiu ao palco. “É preciso coragem e graciosidade”, respondeu.

    A hillary clinton já recebeu muitos tiros nos últimos 40 anos pela sua luta pelas famílias e pelas crianasç. Como é que ela faz isto? É isso que eu quero saber. Onde é que ela vai buscar a sua coragem? Onde é que todas as nossas mulheres primeiras, as que desbravaram caminho, onde é que foram buscar essa força?”, perguntou. E depois fez uma lista de nomes de primeiras em várias áreas e domínios do conhecimento: “Sandra Day O’Connor, Rosa Parks, Emilia Earhart, Harriet Tubman, Sally Ride, Shirley Chisholm, Madeleine Albright, Geraldine Ferraro, Eleanor Roosevelt”.

    “Estas mulheres têm três coisas em comum: capacidade de mente, um coração cheio e uma paixão ardente pela sua causa”, disse. “Elas forjaram o seu caminho para que outros pudessem segui-las, homens e mulheres. Gerações atrás de gerações. Assim é Hillary. Assim é a América.”

  • E assim terminou o discurso de Bill Clinton, que aproveitou para expor o longo currículo da sua mulher através de histórias e episódios pessoais. Foi isso mesmo: a leitura extensiva e intensiva de um currículo que, verdade seja dita, já estava a ser bastante dissecado até agora.

    Sobre os republicanos e Donald Trump, Bill Clinton deixou poucas palavras. A tarefa de Bill Clinton era mesmo a de mostrar a candidata dos democratas em boa luz. Tê-lo-á conseguido?

  • “A Hillary vai tornar-nos mais fortes, juntos. Vocês sabem-no porque ela tem passado muito tempo a fazê-lo. Eu espero que vocês o façam. Eu espero que a elejam. Aqueles que, entre nós, que temos mais ontens do que amanhãs, temos a tendência para nos preocuparmos mais com os nossos filhos e com os nossos netos. A razão porque deviam elegê-la é porque no melhor país do mundo nós sempre nos concentrámos no amanhã. Os vossos filhos e os vossos netos vão abençoá-los para sempre se o fizerem.”

  • E, agora, uma mensagem a três minorias: imigrantes, muçulmanos e afro-americanos.

    “Se vocês amam este país, trabalham arduamente, pagam impostos e seguem as leis e gostariam de se tornarem cidadãos, deviam escolher uma pessoa que quer uma reforma na imigração em vez de alguém que vos quer mandar embora. Se vocês forem muçulmanos e amarem a América e a liberdade e odiarem o terrorismo, fiquem aqui e ajudem-nos a construir um futuro juntos. Se vocês forem um jovem afro-americano desiludido e com medo, nós vimos em Dallas quão bons as nossas autoridades podem ser. Ajudem-nos a construir um futuro em que ninguém tem medo de estar na rua, incluindo as pessoas que vestem de azul para proteger o nosso futuro.”

  • “Quando eu fui Presidente trabalhei no duro para me vos dar mais paz e prosperidade partilhada, por vos dar uma América onde ninguém é invisível. Mas, desta vez, a Hillary é unicamente qualificada para agarrar as oportunidades e para reduzir os riscos que enfrentamos e ela ainda é a melhor changemaker que eu alguma vez conheci. Vocês podiam largá-la em qualquer sítio cheio de problemas. Escolham um. Voltem um mês depois e de qualquer maneira, de um modo qualquer, ela terá melhorado esse sítio. É assim que ela é. Há respostas claras, sustentáveis e responsáveis para os nossos problemas. Mas nós não vamos chegar até elas se vocês fizerem a escolha errada nesta eleição. É por isso que vocês deviam elegê-la. E deviam elegÊ-la porque ela nunca vai virar as costas quando as coisas complicarem. Ela nunca vai desistir de vocês. Ela mandou-me para West Virginia, onde ela sabia que nós íamos perder, para olhar para os olhos daqueles mineiros de carvão e dizer ‘Eu vim até aqui porque a Hillary me mandou dizer-vos que se vocês acham mesmo que podem ter de novo a economia que havia há 50 anos, bom, votem em quem quiser, mas se ela ganha, ela vem apanhar-vos pelo braço para vos levar na viagem para a América do futuro’.”

  • “Uma verdadeira changemaker representa uma verdadieira aemaça. Então, a única opção que lhes resta é criar um cartoon.Eles estão a concorrer contra um cartoon. Os cartoons têm duas dimensões, são fáceis de observar. A vida no mundo real é complicada e a mudança verdadeira é difícil e muitas pessoas pensam que até é aborrecida. Bom para vocês, porque vocês hoje nomearam a verdadeira.”

  • “Como é que isto se enquadra com as coisas que vocês ouviram na Convenção Republicana? Qual é a diferença do que eu vos disse e do que eles disseram? Como é que pode enquadrar? Bom, uma coisa é verdadeira e a outra é inventada. E vocês só terão de decidir qual é qual, meus caros americanos. A verdadeira já fez mais diferenças positivas antes de ter 30 anos do que muitos políticos fazem numa vida inteira.”

  • Bill Clinton sobre os tempos de Hillary como Secretária de Estado

    “Enquanto Secretária de Estado ela trabalhou muito para aplicar sanções forte ao programa nuclear do Irão, e num gesto que o Wall Street Journal já não chama de um “lançamento de meio-campo em cima do final do jogo”, ela conseguiu o apoio da China e da Rússia, a equipa dela negociou um tratado com a Rússia para reduzir armas nucleares e fazer inspeções, e conseguiu falar com os republiacnos para reunir dois terços dos Congresso, o suficiente para aprovar o tratado.”

    “Ela apoiou a decisão do Presidente Obama de ir atrás do Osama Bin Laden. Ela lançou uma equipa — isto é muito importante nos dias de hoje — para responder aos ataques de terroristas na terra e construir um esforço global contra o terrorismo. Nós temos de ganhar esta batalha na mente e no terreno”

    “Ela colocou as alterações climatéricas no centro das nossa política externa. Ela negociou o primeiro acordo de sempre em que a China e a Índia oficialmente se comprometeram a reduzir as suas emissões. E, como ela já estava a fazer desde que foi a Pequim em 1995 e disse que os direitos das mulheres são Direitos Humanos e que os Direitos Humanos são direitos das mulheres, ela trabalhou para empoderar as mulheres em todo o mundo e fez a mesma declaração em nome da comunidade LGBT na América e em todo o mundo.”

  • “Ela fez isto tudo enquanto trabalhava a tempo inteiro, enquanto era mãe e enquanto desfrutava a nossa vida. Como? Bom, ela tem uma curiosidade insaciável, ela é uma líder natural, boa organizadora e é de todas as pessoas que eu conheci na minha vida que melhor consegue produzir mudanças. Isto é um ponto muito importante para vocês retirarem desta convenção. Se vocês acreditam em mudar das bases para o topo, se vocês acham que a medida de uma mudança é quantas vidas melhorou… Há muita gente que acha que não funciona e outra acham que é difícil. Fazer discursos como estes é fácil. Mas é preicso trabalhar. Há muitas pessoas que dizem ‘bom, precisamos de mudança’. Ela anda aí há muito tempo. E em cada ano ela tem-se assegurado de que consegue melhorar as vidas das pessoas.”

    “Uma coisa eu digo-vos: se vocês estivessem na minha posição e tivessem ouvido o que eu tenho ouvido em todas as conversas de jantar, conversas de almoço, em cada caminhada, vocês diriam que esta mulher nunca esteve feliz com o staqu quo em nada. Ela sempre quis levar a bola para a frente. É assim que ela é.”

  • Bill Clinton: "Ela nunca gozou com pessoas com deficiência, ela tentou puxá-las para cima de acordo com as suas eficiências”"

    E aqui está a primeira alfinetada de Bill Clinton a Donald Trump, neste caso aproveitando um tema de ontem: os deficientes físicos. Como é sabido, Donald Trump causou polémica por gozar com um jornalista do The New York Times que é portador de deficiência. Eis o que Bill Clinton disse sobre esse tema, recorrendo a uma história sobre o trabalho de Hillary Clinton nos anos 1970:

    “Em Massachusetts, ela tentou perceber porque é que tantas crianças que eram contadas nos censos não eram contadas nas escolas. Ela descobriu um deles, sozinho, no alpendre na sua casa, numa cadeira de rodas. Mais uma vez, ela submeteu um relatório sobre estas crianças e isso acabou por levar a que o Congresso adotasse a proposta de que as crianças com incapacidades físicas tivessem acesso à educação por igual. Vocês viram o resultado disso na noite anterior quando a a Anastasia Somoza falou. Ela nunca gozou com pessoas com deficiência, ela tentou puxá-las para cima de acordo com as suas eficiências”

  • “Vi-a uns dias depois, ela estava a vestir uma saia comprida com flores. Eu lembro-me de ela me dizer que se ia registar em novas aulas para o semestre seguinte. Eu disse que também podia ir também. Fomos para a fila e falámos — nessa altura era preciso fazer isso — e até essa altura eu achei que estava a fazer tudo bem. Até que chegámos ao fim da fila e a secretária me disse ‘o que é que estás aqui a fazer, Bill, tu registaste-te esta manhã’. A minha cara ficou vermelha, ela riu-se e eu disse: ‘Bom, já que o meu disfarce foi descoberto, pelo menos podemos dar um passeio no museu de arte’. Desde então que falamos, andamos rimos. E nós temo-lo feito nos bons e nos maus tempos, nos tempos de alegria e tristeza.”

  • Bill Clinton conta como conheceu Hillary Clinton, na Yale University

    “Na primavera de 1971 eu conheci uma rapariga. A primeira vez que a vi, nós estávamos, curiosamente, numa aula de direitos políticos e civis. Ela tinha um grande cabeleira loira, grandes óculos e não tinha maquilhagem. Ela tinha um ar de força e determinação que eu achei que era magnético. Depois da aula segui-a, com a ideia de me apresentar. Aproximei-me, podia ter-lhe tocado nas costas, mas por alguma razão não consegui fazê-lo. De certa forma, eu sabia que isto não seria apenas um toquezinho no ombro e que eu talvez estivesse a começar algo que não seria capaz de parar. Eu vi-a várias vezes nos dias seguintes, mas ainda não conseguia falar com ela. Mas uma vez, eu estava na biblioteca de direito a falar com um colega que queria que eu entrasse no Yale Law Journal. Ele disse-me que isso me daria um grande emprego numa empresa de advogados ou estágio. Eu não estava muito interessado, eu só queria voltar para casa, no Arkansas. Nessa altura, eu vi a rapariga outra vez, no lado oposto daquela sala comprida. Finalmente, ela estava a olhar para mim de volta. Então eu vi: ela fechou o livro dela, levantou-se e veio a andar até mim e disse: ‘Ouve, se vais continuar a olhar para, e eu agora estou a olhar para ti também, ao menos podíamos saber os nomes um do outro. Eu sou a Hillary Rodham. E tu, quem és?'”.

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    E aqui está o 42º Presidente dos EUA, Bill Clinton, de quem se antecipa um discurso altamente pessoal. Vamos a isso.

  • Bill Clinton está prestes a discursar

    Neste momento passa um vídeo sobre Bill Clinton, que deve estar quase a falar.

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  • Madeleine Albright: "Hillary Clinton sabe que salvaguardar a liberdade e a segurança não é o mesmo do que ser anfitrião de um reality-show"

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    Acabou mesmo agora o discurso de Madeleine Albright, Secretária de Estado no segundo mandato de Bill Clinton, entre 1997 e 2001. Eis o que teve a dizer sobre Hillary Clinton e, claro, Donald Trump:

    “Quando ela serviuu como Secretária de Estado eu vi como ela trabalhou de perto com o Presidente Barack Obama para restaurar a nossa reputação em todo o mundo. Ela lutou ocntra oterrosimos, lutou contra a proliferaçõa das e ela promoveu diplomacia, defesa, desenvolvimento e democracia. Poder inteligente, em todos os cantos do mundo.”

    “Enquanto viajo hoje em dia no mundo eu lembro-me do quão importante é a pessoa que lidera o nosso exército ser respeitada pelos nossos aliados e que ouve mais do que fala. Hillary e eu temos algumas coisas em comum. As duas estudámos no Wellesley College, portanto eu sei onde é que ela foi buscar os seus hábitos de estudo. Somos as duas mães e avós, portanto eu sei onde é que foi bsucar as suas capacidades de gestão. Somos as duas muito orgulhosas das nossas filhas e dos nossos netos, portanto devemos ter feito alguma coisa de certo. E também sabemos as duas como é sair daquele avião com as palavras ‘Estados Unidos da América’ escritas. Ela sabe que salvaguardar a liberdade e a segurança não é o mesmo do que ser anfitrião de um reality-show. É um trabalho complexo, a todas as horas, que não precisa só de uma mão fixa e de calma, mas também de um grande coração. Não estamos lá a representar-nos a nós próprios, mas a todos nós. Hillary Clinton fez isto em todos os seus trabalhos. E na semana passada, fomos relembrados de que o seu adversário não tem nada disto.

    “Muitos têm dito que Donald Trump colocaria em perigo a nossa segurança nacioanl se ele for eleito Presidente. O facto é que ele já criou danos só por se ter candidato. Ele prejudicou a nossa luta contra o terrorismo ao alienar os nossos parceiros muçulmanos, ele ameaçou a nossa reputação ao ameaçar afastar-se dos nossos aliados e ao incitar outros países a ter armas nucleares.”

    “Donald Trump também tem uma inclinação estranha para ditadores. Saddam Hussein, Kim Jon Un e Vladimir Putin. Quando lhe perguntaram sobre Vladimir Putin, ele disse que ’em termos de liderança, ele tem nota máxima’. A verdade é que uma eleição de Trump em novembro seria um grande presente para Putin. E dado o que ficámos a saber sobre as recentes ações da Rússia, Putin ficaria muito contente por ver Trump a ganhar. E isso devia preocupar qualquer americano. Diz-vos alguém que fugiu da Cortina de Ferro — eu sei o que acontece quando alguém dá luz verde à Rússia.”

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