Um estudo do Imperial College, de Londres, analisou a altura média de homens e mulheres de todo o mundo, em 1914 e em 2014. Conclusão? Estamos todos mais altos. Muito mais altos.
As mulheres que cresceram mais em 100 anos foram as sul-coreanas (estão mais altas 20 centímetros em média). Já nos homens, o maior crescimento foi registado pelos iranianos (que cresceram em média 16,5 centímetros).
Atualmente, os mais altos do mundo são os holandeses, com uma média de 182,5 centímetros de altura. As mais altas são as letãs, com uma altura média de 169,8 centímetros. Já os mais baixos são os homens de Timor-Leste, com 159,8 centímetros de altura. As mulheres mais baixas continuam a ser as de Guatemala, com menos de um metro de meio de altura média — 149,4 centímetros.
Mas há 100 anos não era assim. Quem olhava de cima eram os suecos e as suecas, mas a lógica inverteu-se, e o país já nem figura nos dez primeiros com os cidadãos mais altos.
Com 163 centímetros de altura média, as mulheres portuguesas ocupam o 48.º lugar mundial. Os homens, com 172,9 centímetros, estão mais abaixo, na 74.º posição mundial. Os homens portugueses cresceram 13,9 centímetros em 100 anos, e as mulheres estão 12,5 centímetros mais altas.
Ouvido pelo The Guardian, um dos autores do estudo, o investigador James Bentham, explica que apesar de a genética ter “uma grande influência na altura”, a partir do momento em que se consideram as médias de uma população esse fator perde influência e o contexto socioeconómico ganha relevância: “A maioria das populações iria crescer o mesmo se vivessem nas mesmas condições”, acrescentou Bentham.
De acordo com outro dos investigadores, Elio Riboli, “a boa notícia é que ser mais alto está associado com uma esperança média de vida maior”. É que nas pessoas mais altas o risco de morrer devido a doenças cardiovasculares é muito mais reduzido, explica o investigador.
Os dados foram obtidos através de uma parceria mundial de cerca de 800 cientistas da área da saúde, que utilizaram perto de 1.500 fontes de informação — militares, governamentais e científicas.
Veja na tabela em baixo os valores de todos os países, em 1914 e em 2014.