Mais de 45 mil espetadores já assistiram aos concertos dos seis órgãos históricos do Palácio Nacional de Mafra, únicos no mundo, anunciou esta terça-feira a direção do monumento, que realiza, na sexta-feira, um concerto acompanhado pelo Coro Sinfónico Lisboa Cantat.

O diretor do Palácio Nacional de Mafra, Mário Pereira, disse à agência Lusa que, desde a inauguração do restauro dos órgãos, em 2010, já foram realizados de 55 a 60 concertos, a que assistiram mais de 45 mil pessoas.

“Há pessoas que começam a vir de propósito do estrangeiro assistir aos concertos, porque o que se assiste em Mafra não pode ser ouvido em mais parte alguma do mundo. Há por isso uma fidelização de público”, sublinhou o responsável.

Face ao reconhecimento internacional que o conjunto dos seis órgãos tem ao fim de seis edições do Ciclo de Concertos, o Palácio de Mafra quer enriquecer a oferta cultural.

Na sexta-feira à noite, a basílica acolhe um concerto dos seis órgãos, com o Coro Sinfónico Lisboa Cantat.

No concerto, vão ser interpretadas obras escritas no século XVIII, de propósito para os órgãos de Mafra, e que têm vindo a ser estudadas, como a “Sinfonia para a Real Basílica de Mafra”, para seis órgãos, de António Leal Moreira, “Te Deum”, para coro e dois órgãos, de José Marques e Silva, a Sonata para dois órgãos, de António Joaquim Nunes, e “Gloria”, de João José Baldi.

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O concerto integra ainda a composição “Ave maris stella”, escrita para aqueles órgãos pelo musicólogo, organista e diretor artístico do Ciclo de Concertos, João Vaz, com a participação de solistas e de coro.

Para novembro, vai ser recriada parte de uma missa do século XVIII.

Nesse concerto, com a participação do coro “Voces Caelestes”, dirigido por Sérgio Fontão, os organistas vão interpretar composições, de autoria desconhecida, mas escritas para os seis órgãos de Mafra, que estão na Biblioteca Nacional e na Biblioteca do Palácio.

Cada concerto, com um custo simbólico de três euros, costuma ter os 700 lugares sentados esgotados.